Zé Saldanha, um Matuto Famoso
Autor: Carlos Alberto Galvão
Obrigado minha gente .
Pela vossa paciência
Vou começar meu verso
Na pura consciência
Vamos falar do Mestre
É baú de inteligência
Nasceu em uma fazenda
Cujo nome é Piató
Terra de muita paz
Alegria não teve maior
É lá onde Começa
A caçada de mocô
Quando criança escrevia
Debaixo do juazeiro
Poesias foram nascendo
No pé de seu puleiro
Transformando uma criança
Em nobre brasileiro
A criança foi crescendo
Bonito e namorador
De criança a adolescência
Charmoso ele ficou
Um matuto no capricho
De camisa longa seu dotor
As meninas da cidade
Ele sabia conquistar
Jogava três versinhos
No mais belo versejá
Era matuto de primeira
Com um ótimo conversar
O coração das meninas
Ele sempre conquistava
Com belas poesias
Que sempre declamava
Suas palavras laçou
Uma nova empreitada
No sitio Condessa
Município Cerro Corá
Suas palavras encantou
Em versos dito Popular
Condessinha conquistou
Amarrou seu versejar
Logo, Logo casaram
Em Piató foram morar
E lá nasceram três filhos
Pra alegria completar
Seguiram para Bodó
E mais três nasceram lá
Já pensando na educação
Que a os filhos tinha que dar
Mudaram-se de novo
Em Cerro Corá foram morar
Adivinhe o que aconteceu
Mais três filhos nasceram lá!
Depois de muita conquista
Eles Foram na capitá
Onde os filhos formaram
Não deixando a desejar
Por isso te pergunto:
Tu não que me adotar?
Todos os filhos casaram
Vinte e Cinco netos rendeu
A festa na família é grande
Com todos os netos seu
Todos estudando poesia
Que o mestre escreveu
Todo canto que sentava
Uma poesia escrevia
Condessinha preocupada
Um cafezim lhe trazia
Logo sua fé aumentava
E transformava em poesia
De mestre todos lhe chamam
Pergunte aos poetas
Mas com noventa e três anos
E toda postura ereta
Tornou-se muito famoso
E um charmoso poeta
Apesar da idade
É matuto formoso
Poeta esperto e bonito
Bonitão e Glamoroso
Tem toda estrutura
Para casar-se de novo
O matuto Zé Saldanha
É um mestre contente
Toda família unida
Neste espaço presente
Assistindo a homenagem
A esse mestre reluzente
Na internet ele vive
Escrevendo seu recital
No computador já é fera
Nunca viu outro igual
Digita com esperteza
No mais puro natural
Agora vou terminando
O meu verso popular
Sou matuto igual a tú
Quando vou a capitá
Pos trago sal no bolso
Pra na hora do jantar
Se a comida tiver insossa
Eu crapricho no sá
Obrigado amigos
Presente neste salão
Felicidade nessa festa
A um nobre dessa nação
Chamado de Zé Saldanha
Poeta de grande ação...
Homenagem ao Cordelista,
Zé Saldanha, feita pelo o autor
em 23/02/2011,
na comemoração de seus 93 anos.