DEDICATÓRIA E UMA DECLARAÇÃO.

 

Abril de 2006

 

Senhora Salzone,

 

 

 

Senhora minha muito amada, estes poemas que ora te ofereço, não são como os anteriores, pois naqueles outros, eu tive um grande padecimento ao escrevê-los.

É que eles eram poemas desesperados de amor, pois eu estava naquela luta venturosa para finalmente te conquistar para mim.

Os que ora te ofereço não são mais poemas desesperados, são poemas pacíficos, ternos e transbordantes de muito amor.

Também os escrevi com muita humildade e elegância, porque o meu alvo eras tu, a sombra da elegância que vejo todas as noites no teu sorriso.

Hoje, a minha alegria é imensa, é do tamanho de uma campina sideral, só porque posso te oferecer esses mal chamados poemas.

Neles, eu deixei que a minha alma falasse, mesmo fugindo ao estilo literário os deixei fluir, como esse rio invisível de amor que corre em minhas artérias, e assim, eu os vesti prazerosamente com os vestígios indeléveis desse sentimento.

Nesse rio tu navegas em silêncio, como se fosse uma nau cheia de cachos loucos de esperanças e com sorrisos fartos.

Nada há em mim que não haja um tanto infinitamente maior em ti: a benquerença e o amor.

Com esses poemas e com os tais vestígios que eles se vestem, eu fiz de ti a minha lenda pessoal, esperando fazer com que tu venhas a ser a concretização da minha ânsia última.

Senhora minha muito amada, se eu escrevo poemas para ti, é porque a ti devo a ressurreição deles, tu o fazes ressuscitar com os teus sorrisos, com os teus olhos banhados de mel, com os teus abraços e com o teu amor brando e muito lindo.

Realmente eu não sei se mereço o teu amor, mas faço de tudo o que me é possível para, um dia, merecê-lo totalmente.

Dizem que eu sou um poeta, às vezes penso que sim, entretanto sei que às vezes me iludo, mas existe algo sutil em mim que transcende a vida de um simples e pobre mortal.

Senhora minha muito amada, quantos séculos eu passei sem o teu lindo amor e, nas minhas reencarnações sucessivas, eu tinha somente um objetivo: era o de te encontrar.

Agora, apesar da minha vida torva, estou em paz comigo mesmo, pois tu me ensinaste a amar verdadeiramente com paz, sentimento esse que não fui contemplado até te conhecer.

Assim, Senhora Minha Muito Amada, fica estabelecida as minhas razões de te amar tanto, e agora, te entrego estes mal chamados poemas que já não mais me pertencem.

 

Glauci, nome que invoca a “Flor-de-lis”, “Doce Nave”, “Deusa Viking”, “Estrela Aldebarã”, mas eu prefiro ainda o de: “Senhora Minha Muito Amada”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 15/03/2007
Reeditado em 17/03/2007
Código do texto: T413712