Tormenta, yo te saludo

// Y cada día será una noche

mientras tu madre te extraña.

Cuando la tormenta caiga, diré:

"Tormenta, yo te saludo”//

Sentado diante de um imenso campo verde, ao lado de quem nunca permitiria que eu derramasse uma lágrima sequer, imagino todas as possibilidades além da óbvia saudade que sinto. Basta uma troca de olhares e nos levantarmos e vamos - passo após passo, com gotas geladas tocando o rosto - invadindo o que deixou de ser óbvio.

Do passado deixamos histórias de amor – e toda história de amor é, no fundo, uma história de fantasmas – e todas as coisas supostamente divertidas que nunca mais faremos. Espero chegar a chuva como uma garota com cabelos esquisitos e graça infinita. Água que limpa corpo, mente e alma.

Estou incompleto, sou um rei pálido – solitário, padecendo da mais profunda dor – que espera ter as feridas lavadas por teus toques, carinhos e beijos.

É cedo e despertar do sonho dos heróis ou apagar as memórias, aquelas duas memórias fantásticas, não é permitido. Quero-te por completo – trazendo bonança e tragédias. Não quero dormir ao sol, quero dormir contigo.

Eu te saúdo, chuva.