Divirta-se!
Amiga, essa hora você deve estar no avião pensando em Ricardo e em Luan, os dois homens da sua vida. Imagino que esteja sendo difícil, até porque se afastar de quem gostamos sempre é difícil. Não sei você, mas nessas horas parece que a gente quer realmente só pensar no que está "deixando" para trás, quer mesmo é chorar, sentir as lágrimas caindo e a dor se tornando quase física e palpável de tão forte que é. Chore bastante, acho que é o melhor conselho que eu posso te dar. Depois de um tempo -para alguns dias, para outros meses- a dor se torna saudade, você não lembra mais da partida, ela se torna distante. Você lembra das melhores coisas, sempre com uma pitada de tristeza, mas não é uma tristeza ruim. É uma tristeza boa. Ainda mais no seu caso, você está indo para onde sempre quis, fazer o curso que sempre sonhou, ter uma nova vida. Não vou colocar aqui nunca a palavra perfeita, porque sinceramente falando - e acho que nesse aspecto somos bem parecidas- temos dificuldade em reconhecer a perfeição. Somos pessimistas e exigentes com tudo aquilo que o mundo nos oferece ou deixa de oferecer. Essa acredito que é nossa natureza e independente do lugar para onde formos, ela estará presente em nós. Não é muito fácil conviver com ela, mas também não é impossível. E como mulheres inteligentes que verdadeiramente somos, conseguiremos. Porque nós sempre conseguimos. Porque -como Ricardo disse- você tem muitas pessoas que a amam e espero que permita que muitas outras a amem. Se eu digo que estou decepcionada com as pessoas em geral, é porque eu estou. Mas isso não significa dizer que nós devemos nos trancar em nós mesmos e cultivar um relacionamento interno. Arriscar é a palavra mágica. Acho que se fomos analisar a coisa sobre um contexto social notaremos algo interessante. No passado, os nossos pais não arriscavam porque eles não tinham capacidade para tal. Falo capacidade no sentido de que muito era desconhecido e muitas regras eram rigidamente estabelecidas, uma violação se quer e tudo poderia desabar. E então temos hoje, que arriscar é tudo, ou quase tudo. Nem todos podem ou devem arriscar. Tudo vai de como se dá esse processo. Existem pequenas coisas, pequenas etapas que você vai vencendo SOZINHA e adquire uma experiência extraordinária, e isso que ao meu ver é arriscar. Vencer o que mais te incomoda ao seu tempo e sem pressão de ninguém a sua volta. E você e Deus, que se você precisar dele e tiver sensibilidade para senti-lo ele estará lá. Porque ele sempre está. Ou Deus ou uma energia que rege as leis invisíveis e que eu não tenho o prazer de tê-las presente no meu código. Tudo é novo, Luana. Bem vinda, um novo mundo começa exatamente agora. E não é força de expressão, tu estiveres atenta, ele estará mesmo começando. Divirta-se. Te amo, coração!