CAETÉ - FLORESTA
CAETÉ
Xe goatá cobakê rupí sui caeté,
Tupãnaroca!
E-essá, avaré:
acará, ybá, yra maya,
ibotira aipo pirá...
Opabinhê, yai aipo aê.
Aê ramê jecoéma,
jeapyçaçarbo camburé.
Xe-kiriri.
Abá nitio poguira ka’a?
Ibi jepói
aipo oicó ojekyî oáne.
Irón? Ibi kaîbo?
Teitê ixé! Teitê ndê!
Guirá, marandyba, irupé,
ig coára aipo abá
aussuba pará, paraná, aisó ig tu;
aussuba amanda
sossé oaxîme merim aipo acayacá.
Tecõ, oré Cy,
xe moapecýca buriti,
maém amána ry’...
E-maém, irunamo góara:
Tupã aicó pupê itá, pupê uaná
aipo pupê yby.
Cari, poguira ne oca!
Opacátu oicó tembem sui tecó catú.
##Louvo a lígua tupi! A bela fala de nossos antepassados, os donos da terra.
FLORESTA
Eu ando ao redor da floresta,
casa de Deus!
Olhe, amigo:
as garças, os frutos, a abelha,
as flores delicadas e os peixes...
Todos juntos, nós e eles.
Então espero o amanhecer,
escutando a coruja.
Estou triste.
Ninguém protege a mata?
A terra alimenta
e está morrendo.
Vês isto? A terra queimando?
Ai de mim! Ai de ti!
As aves, o laranjal, as vitórias-régias,
as nascentes e as pessoas
amam o rio, o mar, as formosas cachoeiras;
amam a chuva
sobre as malvas e os cedros.
Natureza, nossa mãe,
eu acaricio a árvore da vida,
olho a água da chuva...
Veja, companheiro:
Deus está na pedra, na abelha,
e no chão.
Homem branco, protege a tua aldeia!
Todos precisamos de paz.