À Mestra com carinho


Essa nossa mente humana
É uma máquina muito estranha
Às vezes nos parece tão íntima,
Outras vezes tão cheia de manha.
Um dia apresenta-se com lindos sonhos,
Em outro desejos sem freios, delírios enfadonhos.
Às vezes nos surpreende com raros pensamentos
Ou um baú escancarado de preciosos sentimentos.
Interessante como esse nosso corpo
Age sob o domínio dela “ a mente”.
Se ficarmos triste o corpo não mente,
Logo demonstra o que sente.
Se nos sentirmos contente,
Os olhos se enchem de brilho
Iluminando o ambiente.
A boca abre-se entoando o timbre.
Um som que pode até ser doce ou estridente,
E colocar à prova o ouvido absoluto,
Dos Serafins que são especialista em tudo:
Em boca, olhos, ouvidos, nariz.
Basta observar nas águas que jorram
do chafariz, 
no jardim da praça, próximo à  Matriz.
Mas voltando ao assunto precedente,
Como explicar o mistério da mente
Quando o corpo insistiu em silenciar?
Se a mente estática resolveu permanecer?
Se o corpo aos seus estímulos
Resistiu em não mais responder?
É chegado o momento do traslado!
O corpo deixou de corpo ser,
Quando seus órgãos terminam por fenecer!
Lá se foi o motor que os impulsionava a viver.
A mente que faz o ser vivente ser gente,
Permanece pra sempre e tão somente,
Na imortalidade da alma, do espírito,da psique, quiçá no inconsciente,
E assumindo um corpo invisível
Em outros planos irá viver.
Manifestar-se-á ao mundo celeste
E seus desejos não serão mais terrestres.
Alimentar-se-á de sublimadas preces,
Em outra dimensão, no além.
Intercede por nós brilhantemente,
Oh! ” mente brilhante sempre fremente,
Nós aqui ainda estamos presos à vida presente.
Sentimos a grande perda de sua presença imponente,
De Mestra, diretora, supervisora, na cultura ou na Educação.
Deixaste um legado de memoráveis feitos.
Célebre homenagem lhe fora dedicada com emoção.
Merecidos foram os aplausos recebidos em vida,
Que fizeram vibrar de comoção seu coração de mulher cidadã comprometida
Descanse na glória de Deus, velando por cada um de nós

Tu que foste tão despojada,
Buscando o bem comum, a todos estender.
O melhor de todos reconhecer e promover.
O maior dos méritos enaltecer.
Esse jeito único e próprio de saudar a vida.
É que nós hoje vimos efetivamente agradecer.



HOMENAGEM À PROFESSORA 
ZÉLA FAJARDO.