Minha Fadinha das Mãos de Ouro!
Como é triste o despertar
O sol se mostra escandalosamente
À me dizer que a vida continua
O dia, neste calor tropical
À me dizer que existe vida após a morte
É óbvio, tu partiste e nós ficamos,
Todos nós somos "a vida após a morte"
Meio rasgados, com os corações aos pedaços,
Nós somos aqueles malabaristas
Aprendendo à viver sem ti.
Um dia é um vale de lágrimas,
No outro,
As risadas, lembrando
Das tuas façanhas
Como aquela do poema de "José Saramago",
Falando sobre os filhos,
E tu, inquieta, por não saberes o assunto,
Mas querendo opinar
Viestes com a lembrança de que o "Sal Amargo"
Prescrito por um médigo, foi quem matou tua tia...
E as milhões de agulhinhas espanhadas no sofá,
Á nos fazer acupuntura, eras a melhor acupunturista deste país
A melhos mãe,carinhosa,linda e perfumada
A artista de mil talentos
A nossa eterna Fadinha das Mãos de Ouro,
Choraremos todos os dias,
Deixastes a saudade,
Não deixastes o lenitivo
Viver sem ti, é um aprendizado
Que praticamos todos os dias
E o sol, como se à nos afrontar
Se poe escandalosamente
Todos os dias, à nos despertar
Lembrando que a
vida continua...continua...
Em nossos corações, o eterno vazio
Que é viver sem ti!