AO ANJO DA GUARDA ENCARNADO
Na madrugada de 31 de dezembro de 2012
Querido anjo da guarda encarnado: Que os Poderes Superiores Abençoem e Protejam os novos caminhos que te estão surgindo e, ao mesmo tempo, Permitam que possas ainda conciliá-los ficando conosco o tempo mínimo necessário para que eu encontre alguma coragem, saúde e força para ficar aqui, a cuidar de minha mãe que, sei, precisará cada vez mais de mim. O tempo para eu achar alguma coisa para fazer também de mim por mim para mim (algo para mim mesma creio que talvez seja ainda possível fazer, salvar, que sabes: os MEUS caminhos, dos quais integralmente abdiquei, passam por outras veredas, bem diversas dessas, tão domésticas, não que as renegue; não).
Talvez, neste mundo, ninguém me conheça mais do que tu nem me saiba mais que, afinal, são quase 13 anos de convivência e de cumplicidade, porque és uma das irmãs escolhidas por meu coração, mas a única que convive aqui, neste cotidiano que conheces de cor, em seus caminhos e veredas e solidões e dificuldades. Se houvesse máscara no meu querer e só utilitarismos, não haveria como mantê-los por tanto tempo, não é, minha irmã? Nós nos conhecemos, nós nos sabemos, esta é e tem sido a maior das Bênçãos.
Sabes de todo o Bem que te desejo e do tamanho da minha Gratidão. Sabes que comigo podes contar sempre, aqui, onde estiveres, que não há dedicação nem dinheiro que possam pagar o que tens feito ao longo desses anos, conosco e com todas as outras pessoas, que és a própria Generosidade e Desprendimento. Sim, a própria Generosidade e Desprendimento, mas não podes passar tua vida, em todos os seus minutos, sem tempo de pensar e viver um pouco também para ti mesma, nem que seja para servires em outros campos e territórios de tua mais plena escolha.
Que mais posso te dizer, minha irmã? Antes de tudo, OBRIGADA, MUITO OBRIGADA, AGORA, SEMPRE, PARA SEMPRE. FELIZ 2013, Francieli querida, ser do meu coração e do coração de minha mãe.
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