E-MAIL A UM GRANDE AMIGO

No início da madrugada de 31 de dezembro de 2012.

Um ano mais aceitável, mais possível do que o de 2012, Jorge; um 2013 um pouco mais palatável... Queria telefonar, mas estou sem ânimo, sem coragem, sem forças, mesmo, desculpe. Isso melhora, tem que melhorar, claro. Para todos nós. Para todos nós. Para todos nós. Sobreviver com alguma alegria, que ninguém é de aço, meu caro. Todos haveremos de. Haveremos de. Haveremos de. Tanta dor deve nos ter criado algum mérito, se o mundo não for apenas Teatro do Absurdo. Tentemos crer que não, pelo tempo que conseguirmos. Tentemos crer que não.

Abraço grande da Zuleika.

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