Mulher

Antes de tudo, gostaria de pedir desculpas por desprezar o motivo pelo qual comemoramos o Dia Internacional da Mulher no dia oito de março. Também peço perdão por não fazer referências às conquistas recentes do movimento feminista, aos sutiens queimados e ao sufrágio universal. As mulheres que venho exaltar são aquelas com as quais convivo.

Poderia escrever um texto poético lembrando da importância da mulher na vida de um homem, tanto mães quanto esposas, mas acho melhor expôr o motivo do meu amor através da descrição de alguns momentos da minha vida.

Eu, completando meus seis anos de idade, conversando com a minha prima, então com 12 anos. Ela me pergunta:

-Thi, o que você quer de presente de aniversário?

-Hmmm... não sei, um Bart (Simpson).

Quando cheguei em casa, na festinha, a decoração inteira era do Bart. Perto do bolo, nas paredes. Tudo era do Bart, e tudo havia sido feito com todo o carinho pela minha prima, que havia passado horas recortando cartolinas e desenhando.

Quando eu tinha meus treze anos, minha mãe (que sempre foi minha maior referência em tudo) me deu meu primeiro violão, cuidadosamente embrulhado com o maior amor e carinho. Meu pai contaria depois que, na loja, ela pediu para o vendedor "o que tivesse o som mais bonito". E com certeza ela escolheu o melhor.

Quando saí de Sorocaba para morar em Bauru, minha avó chorou. Haviam sido raras as ocasiões na qual a dona Carmen havia desmontado daquele jeito, mas dessa vez ela não conseguiu se segurar. Com aqueles olhinhos de pálpebras enrugadinhas, cheios de lágrimas que teimavam em umidecê-los, ela perguntou:

-Você vai voltar sempre, não vai?

E em Bauru, conheci minha namorada, meu grande amor. E nas vésperas de uma viagem, ela me abraça, me beija e, deixando algumas lágrimas rolarem sem querer pelo rosto tão lindo, desabafa:

-Eu tenho tanto medo de perder você...

Injusto seria eu não citar todas as amigas que tenho (e tive), que fazem um papel tão importante na minha vida - tanto aqui em Bauru quanto em Sorocaba. E todas as vezes que fui mimado por essas mulheres tão especiais, e todas as vezes que eu as agradei e as deixei sem jeito.

Mulheres, usando todos os clichês do mundo: todos os dias são de vocês.

Thiago Zanetti
Enviado por Thiago Zanetti em 08/03/2007
Código do texto: T405733
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.