LUTA IRREVERENTE!

A todas nós...

Sou mulher, sim...e daí?!

Deste destino, jamais eu fugi...

Também não escondo o quanto sofri.

Por isto não sou uma “fora da lei”,

E sempre que deixam...eu tento outra vez!

Sou mulher, sim...e daí?!

E eu não preciso negar este fato...

Poucas vezes fui deusa, muitas vezes capacho!

Jamais eu lamento pelo que perdi,

De todas as quedas...eu sempre me ergui!

Sou mulher,sim...e daí?!

Escondo uma força na aparência franzina...

Sou frágil esposa, forte concubina!

Já fui açoitada pelos preconceitos,

Enfrentei-lhes a todos, com a emoção do meu peito!

Sou mulher, sim...e daí?!

Concebo os filhos que me chegam ao ventre...

Invento poderes...nunca cobro patentes!

Eu posso não ter grossos calos nas mãos,

Mas certamente os tenho no meu coração!

Eu quero gritar ao fazer esta rima

-Que nada eu devo por ter esta sina!

Sou mulher, sim...e daí?!

Levanto ao mundo esta árdua bandeira...

E se for preciso...luto a vida inteira!

Sinto-me feliz ao defender nosso lema...

Por eu ser mulher...por valer-nos a pena!

SP, 25/04/2005