AGRADECIMENTO

A vida é mesmo uma dualidade.

À esquerda de quem vai é a direita de quem vem!

É Oxalá e Odudua

Exu e Omulú

Melquizedek desceu de Vênus, e Lilith, criou!

Era uma linda mulher, que cansada da submissão se rebelou

Abandonou o paraíso e num demônio se transformou,

Passou a vampirizar os humanos que vivem o Amor.

Mawú o imitou, arrancou de si um pedaço e gerou,

Dadá Segbô, o vodun da Criação, que em Lisa, se transformou

A Deusa da África Ocidental.

Mawu representa o frescor e os prazeres da vida,

Lisa encarna a seriedade e a determinação,

É a dualidade freudiana, Eros e Tânatos,

O princípio do prazer e pulsão da morte,

Então não custa dizer:

É uma no cravo outra na ferradura!

Imagine que numa incrível guerra de letras, o mal começou a dominar.

O que no começo eram letrinhas – “ftu” -, uma pequena plantinha,

Agora tem espinhos para espetar. Cresceu, se agigantou!

As letrinhas, em “F”, “T”, “U”, se transformou.

Agora, como guerreiras de Melquizedek, Lilith em cima de mim jogou.

Quando entrei em desespero, o Sr. “Sete” com muita dó ficou!

Enviou sua combatente, “M”, “C”, “C”, que chegou carregada de amor, ternura e compaixão, para mexer com a minha emoção!

Veio com a roupagem da Lisa, combateu, venceu e tudo serenou.

Eu voltei a ser Raimundo, e no mesmo lugar estou!

Divinas três letrinhas - “M”, “C”, “C” -, que tão bravamente lutou.

Comigo podes contar, aqui, ali e acolá!

Em qualquer canto da “casa” de Deus,

aonde você me encontrar.