Homenagem à minha amiga da teologia, Edna Paixão Capristo, que aparentava não ter problema nenhum, entretanto carregava,  o maior fardo do mundo.
                 Força, Amiga.   
            Obrigada por existir.


           Amor incondicional
(musica: In the arms of the angels)

Minha mãe me assistiu crescer, crescer...
Segurou minhas mãos para andar e depois deu a benção na coloção de grau, no casamento e nascimento de meus filhos.
Minha mãe teve o apoio de meu pai que foi embora mais cedo, preparar outro lar no céu, perda irreparável em minha vida.
A partir de então, a mulher forte, espelho meu, definhou pouco a pouco, jogando-se em uma cadeira de rodas. Desistida.
Nós nos agachamos para olhar em seus olhos, para lhe agradecer o amor, o carinho e dedicação do dia a dia. Deve ser graças a esse nosso gesto que ainda fica.
Meus filhos viram os avós, veem a nós e se inspiram para gerar a próxima geração.
Tarefa árdua continuar o caminho...
Sem perceber, passei a ser espelho, tal qual minha mãe. Mas não consigo ser tão forte como ela é. Meu espelho trincado não é encantado. Então, eu me escondo no chuveiro para chorar ao ver minha mãe no seu leito, o mesmo que eu deitava quando criança querendo dormir nos braços dela.
Egoísta a quero comigo, mas sei que meu pai a espera com Jesus. Dilema de filha!
Minha mãe continua sendo mais forte do que eu, sorri para nos consolar e diz que tudo vai dar certo. Fraca que sou, volto para o chuveiro para chorar longe de meus filhos. Tomara que meu pai não tenha tanta pressa, que compreenda e a deixe mais um longo tempo em nosso colo.


Railda
Enviado por Railda em 07/12/2012
Reeditado em 22/10/2013
Código do texto: T4024865
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.