TRIBUTO ÀS SOGRAS

São motivo de piadas, de charges, de frases maliciosas

Falam delas como se fossem cobras venenosas...

Nem dizem seu nome, colocam-lhes apelidos,

Falam,olha só a mãe dele(a),e de risos,são o motivo.

Dizem ainda: coitada já está caducando...

E nem se lembram que a semente eles estão semeando,

Pois um dia...ah! Um dia de certo seremos sogras...

E será que também alguém, não vai nos chamar de cobras?

Existem aquelas noras ou genros que são bastante queridos

E amam a sogra, como se de fato, delas tivessem nascido

Pois sabem que elas lhes deram, algo muito valioso

O filho(a)que elas tiveram num momento doloroso,

E por quem elas nutrem sempre, um grande amor devotado

E pra elas, eles não crescem, continuam no passado...

Pequeninos, frágeis, dependentes...

E sempre pedindo um colo e seu abraço apertado!

Alguém pode pensar que isto é só tola fantasia

Motivo de palavras vãs de quem gosta de poesia,

Porem quando de fato se pode provar o que fala

Não é somente palavras, mas atos que não nos cala...

Falam mais alto que as letras, que se possa escrever,

Pois dizem aquilo que existe e nem todos podem fazer,

Dedicar-se por alguém... que um dia se dedicou...

Dando amor a todos que no seu caminho cruzou!

Por isso que eu acho digna e mui justa a homenagem

Que trás à tônica o valor desta grande personagem,

As sogras em geral e uma especificamente...

Que me deu um belo dia, um filho seu de presente

Fazendo com gestos práticos o que um dia farei...

Entregar em outros braços aqueles que carreguei

Os meus filhos queridos, se casarão algum dia...

E quem sabe alguém dirá, o mesmo que digo aqui,

Muito obrigada minha sogra pelo que recebi!

E a vida é assim...uma horta que nós cultivamos

Os frutos só serão bons, se nós de fato plantamos

O amor, a amizade, a cortesia e sinceridade

Terão lugar na lavoura de quem praticou de verdade...

E faço com propriedade tudo o que aqui escrevo,

Dizer que minha sogra me ama, é algo que eu me atrevo

Pois pra receber seu respeito, muito antes respeitei

E pra colher tudo isto faz tempo que eu plantei!

Nira de Andrade
Enviado por Nira de Andrade em 05/03/2007
Reeditado em 20/01/2017
Código do texto: T402404
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.