Jorge Amado e o seu jeito de Ser Bem Brasileiro
Jorge Amado nasceu na Bahia, jornalista, romancista e memorialista. Na Fazenda Auricídia, em Ferradas, Itabuna, BA, no dia 10 de agosto de 1912 e faleceu no dia 06 de agosto de 2001 em Salvador, BA.
São temas das suas obras os problemas e as injustiças sociais, o folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação do Ser Brasileiro.
Com 49 livros publicados, suas obras são direcionadas ao nacionalismo brasileiro.
Foi casado com Zélia Gattai, escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma, e Eulália.
Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros.
É representante do modernismo regionalista (segunda geração do modernismo).
Recebeu vários prêmios literários no estrangeiro e no Brasil. E é o maior autor brasileiro mais publicado em todo o mundo: sua obra foi editada em 52 países, e vertida para 49 idiomas e dialetos.
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de abril de 1961, ocupando a cadeira 23.
E para retratar os casos dos imortais da ABL, escreveu Farda, fardão, camisola de dormir.
São mais de cem mil páginas em processo de catalogação, as cartas trocadas com gente do mundo inteiro, guardadas num acervo isolado da Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador.
Grandes escritores, poetas e intelectuais de seu tempo se corresponderam com ele: Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato e Gilberto Freyre, entre outros brasileiros; Pablo Neruda, Gabriel García Márquez e José Saramago, entre tantos outros estrangeiros. No campo da política, a correspondência se estabeleceu com nomes os mais variados como: Juscelino Kubitschek, François Mitterrand e Antônio Carlos Magalhães.
As cartas mostram como o escritor recebia os mais imprevistos pedidos, apresentava pessoas umas às outras, em época em que era intenso o diálogo via postal. A correspondência pessoal de Jorge Amado pode oferecer inestimável fonte de pesquisa.
Uns dos grandes maiores sucessos brasileiros e reconhecidos internacionalmente:
Como filme: Dona Flor e seus dois maridos, publicado em 1966, retrata a vida boêmia de Salvador, na década de 40, se inicia com a morte de Vadinho, um boêmio, jogador e alcoólatra, que morre em pleno carnaval de rua, fantasiado de baiana. Deixa viúva Dona Flor, a quem explorava e que era apaixonada por ele. Ela trabalha ensinando culinária emm sua escola “Sabor e Arte”, e acaba se casando novamente com um farmacêutico que não a satisfaz. Eis que surge o Espírito do falecido marido e passa a atormentá-la.
Somente ela o vê e consegue realizar as mesmas coisas que faziam na cama em vida. A grande polêmica de Dona Flor: manter-se fiel ao novo marido ou ceder ao Espírito de Vadinho.
Seus romances são fantásticos e induzem ao leitor a apreciar o Brasil com todos os seus contrastes e contradições.
Como novela: Gabriela, Cravo e Canela, publicado em 1958, retrata a sociedade cacaueira na década de 20, em Ilhéus, com seus dramas, jagunços, prostitutas e coronéis.