Meus anjos de quatro patas
Eu não tenho... Os meus já foram para o infinito. Mas que saudade tenho de cada um deles. Sei a história da vida deles todinha... Sou capaz de contar com detalhes tudo que aconteceu enquanto eles faziam parte de minha família. Cada um com seu jeitinho de ser... Mas de nenhum dele deixamos de receber amor, carinho e atenção... Esses sim sabem amar com devoção... e sabem deixar livre a quem ama! Pena que não sou uma aluna muito boa (minha condição de humana não me deixa), mas amar com tudo o que eu entendo o que é o amor eu amei cada um deles. Pery, lindo foi o primeiro tinha lá meus sete anos... Preto de pés branquinhos pareciam meias. Reques, perninhas zambetas e preguiça que gemia; a não ser para brincar foi o segundo, e junto com ele a Bolinha que era grande pra cachorro e foi a que menos tempo viveu com a gente. Depois dele (do primeiro) tentamos outro Reques de pelo lindo, que brilhava ao sol, como se fosse pontilhado de ouro, mas era muito valente e não conseguíamos que ele sossegasse, pulava muros, arrebentava cordas e um certo dia uma alma ruim resolveu dar veneno, por mais que corrêssemos para o veterinário não chegamos a tempo. Joh (escrito assim mesmo) chegou e logo alguém o roubou da gente o que choramos e procuramos! Thuda sobrevivente de uma ninhada de 10 cachorrinhos (a mãe, cadela de rua pariu em frente de minha casa e sumiu) e nós ficamos com os dez para dar mamadeiras, as vezes usávamos até os dedos como chupetas para que eles deixassem os outros comerem. Todos acharam donos menos a Thuda porque tinha as pernas defeituosas... Acho eu da posição em que estava na barriga da mãe. Mas ficou linda e parecia uma princesa, pulava em cima de mim a cada vez que chegava do trabalho, deitava nas minhas pernas e lambia-me o rosto. A Mineya era a princesa da família tinha todos os dengos e afagos e mandava quase que totalmente em todos de casa. (um caso a parte e uma história para ser contada). Luane, filho da Mineya era o cachorro mais doce que alguém podia ter, defensor de quem estivesse em casa e capaz de amar qualquer pessoa... Até que...Mas essa também é uma história para ser contada depois, mas sem dúvida se o Luane fosse homem, seria um cavalheiro, defensores dos fracos e oprimidos. Tina Taner, linda e loira era meu xodó e do meu marido e também do Chico meu gato, que era quem realmente mandava nela. Era a mais doce cadela que já tive e que ficava sempre a pagar o "pato" pelas traquinagens do seu irmão gato e finalmente o Marley, baixinho e gordinho como o seu xará era o mais charmoso artista da rua. Gostava de passear e sempre corria na frente a caçar qualquer coisa que fizesse barulho. E se foi rápido de repente estava lá correndo e brincando e depois já não estava mais com a gente. A morte de cada um deles nos deixou em um sofrimento enorme, lágrimas de saudade sempre caíram dos nossos olhos por cada um e por todos eles, nossos amigos, irmãos, filhos... Eles eram os nossos anjos.