Gonçalves Dias - O Poeta Romântico
Em seu exílio voluntário
Um dia a saudade explodiu,
Do seu coração romântico
O poema eclodiu.
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá”...
Sentindo solidão no peito
A canção triste entoou,
Ao Maranhão tão querido
O poeta dedicou.
Em Coimbra, estudou
Em Direito, se formou,
E o poeta romântico
Aos Lusos também encantou.
De volta ao Maranhão
Ele se enamorou,
Mas, continuar a paixão,
Foi proibido, desencantou.
Outra amada conheceu
E com ela se casou,
Mas nunca se esqueceu
De quem ele sempre amou.
Em Portugal reencontrou
O seu amor proibido,
E inspirado poetizou:
“Ainda uma vez - Adeus”, disse, oprimido.
Doente, foi à Europa
Em busca de solução,
Sem recuperação, retorna
De volta ao seu torrão.
O navio Francês naufraga
Na Costa do Maranhão,
Encerrando nessa plaga
A sua apaixonada missão.
Mas, por estranha ironia
Essa infame tragédia,
Ceifou apenas a vida
Do nosso amado poeta.
Fathma Oliveira 🌷