Clarice, escurice

Fumava, a tonta

Escrevia meio humano-anjo-demônio

(Não necessariamente nessa ordem)

Tinha um olhar de quem sabe

Coisas que não queria saber

Triste? Nem tanto.

Cansada.

Espírito forte, ar assustado

Pendia para a escuridão

Olha aí a ironia!

Pensava, como pensava

Com o peito carregado de dúvidas e fumaça

Então, numa manhã de ar salino

Cansou do calor, do marasmo

Acabou por decidir.

Foi-se embora para a Ucrânia

Onde até hoje lá vive

Velhinha, anônima

E sorridente.

Lucas Leonel
Enviado por Lucas Leonel em 11/11/2012
Reeditado em 07/05/2013
Código do texto: T3979775
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