"SER VELHO"
Os seus cabelos grisalhos pelos tempos de outrora
São sua marca abençoada que paciência implora,
Pois em sua silhueta tudo motiva o riso à imperfeição:
É seu andar trôpego, sua barriga ridícula e a pouca visão.
Mas em seu interior, ele guarda chagas e saudades:
Cicatrizes de uma juventude que periclitava em intensidade,
Recordações de queridos amigos tão cedo em passagem,
Mas ele não se questiona mais, nem lhe preocupa a imagem.
Agora, sua liberdade é o seu próprio lamento concebido.
Adquiriu-se até um parco direito de viver alienado
E também não mais se questiona se está certo ou errado.
Seu sofrimento lhe permite agora dançar qualquer sucesso
Sob os olhares penalizados de um futuro réu – confesso,
Que nem sabe se um dia terá o privilégio de estar envelhecido.
(ARO. 2012)
Os seus cabelos grisalhos pelos tempos de outrora
São sua marca abençoada que paciência implora,
Pois em sua silhueta tudo motiva o riso à imperfeição:
É seu andar trôpego, sua barriga ridícula e a pouca visão.
Mas em seu interior, ele guarda chagas e saudades:
Cicatrizes de uma juventude que periclitava em intensidade,
Recordações de queridos amigos tão cedo em passagem,
Mas ele não se questiona mais, nem lhe preocupa a imagem.
Agora, sua liberdade é o seu próprio lamento concebido.
Adquiriu-se até um parco direito de viver alienado
E também não mais se questiona se está certo ou errado.
Seu sofrimento lhe permite agora dançar qualquer sucesso
Sob os olhares penalizados de um futuro réu – confesso,
Que nem sabe se um dia terá o privilégio de estar envelhecido.
(ARO. 2012)