20 de outubro- DIA DO POETA
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Poeta é aquele que faz versos, que escreve poesias.
A poesia, ou gênero lírico ou lírica é uma das sete artes tradicionais, uma forma de linguagem. A poesia é uma linguagem verbal criativa.
Uma arte de escrever em versos. Uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos. Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga.
Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Vamos aproveitar este dia e lembrar alguns dos poetas brasileiros:
- Carlos Drummond de Andrade
- Cecília Meireles
- Fernando Pessoa
- Manuel Bandeira
- Mario Quintana
- Vinícius de Morais
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Cortar o tempo
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Carlos Drummond de Andrade
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Poeminha do contra
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mário Quintana
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Pela luz dos olhos teus
Vinícius de Moraes
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
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"O Amor...
Cecília Meireles
É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!"
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Manuel Bandeira
Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples!
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Segue uma linda definição sobre o poeta pelo grandioso Fernando Pessoa:
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
Mas só as que ele não têm
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão
Esse comboio de corda
Que se chama coração
Fernando Pessoa
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Acadêmicos da AMALETRAS
MARES E MARIAS |
Marlusse Pestana Daher |
Mares, marés, maresia. Mar pia, Mar que se espraia Mar que se agita, Mar que vem e Mar que vai. Mar na aurora, Mar na madrugada, Mar do amanhecer Mar do sol a pino, Mar do entardecer. Mares bravios do nosso país altaneiro Mar trigueiro, Mar brasileiro Mar do silêncio, Mar que em repouso Adormece mar... Maria que mar ias, Maria que sempre vinhas, Marias vendo chegar, Marias partirem-se indo, Marias na saudade, Marias da lealdade. Marias do coração de santas, da Penha, do Carmo, Auxiliadora, da Conceição, das Graças, da Consolação, do Socorro, Helena, Teresa, de todas as Marias. Mar inicia Maria Maria mulher, Maria mãe e filha, Maria rica e pobre Maria plebéia, De média sorte, De pequeno porte, Todas as Marias. Como o mar, Imensas e fortes, Todos os mares são Marias, Todas as Marias são mares. Mares e Marias, Marias e Mares. Em cada Maria, um mar! |
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O Príncipe Negro e o Camafeu
Eliane Queiroz Auer
Adorar os gestos infantes
Do Pequeno Príncipe Negro
Nas asas da imaginação
Hei de buscar seu coração
Em tardes de silêncio aquece
O frio que emana
Á sombra de um rio grande
Surge um barco que não engana
Ele vem de uma pequena vila
Entre os dentes traz uma fita
Amarrando um lindo camafeu
Que lá no passado, uma menina linda te deu.
Ela era que se fez moça
E o esperava à beira do rio
No pescoço havia a outra metade do camafeu
Dado pelo Príncipe Negro bravio.
Ao juntarem as duas partes
O Príncipe logo entendeu
Era ela a sua princesa
E nos seus braços a acolheu!
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Esta Não É a de Dante
(Beatriz Barbosa Pirola)
Sou eu
Sou cerne puro
Não tenho casca
Não uso verniz
Sou transparente
Como toda gente
Que quer ser feliz.
Não uso disfarce
Só tenho uma cara
Não faço trapaça
Não uso carapaça
E nem carapuça.
Não sou atriz
Não sei fingir
Tão pouco mentir
Não faço comédia
Não brinco com giz.
Não sou a de Dante
Sou a Beatriz
De origem latina e
De sangue tupi
Sou eu
A que faz feliz.
____________________________________________________Eliane Queiroz Auer
Adorar os gestos infantes
Do Pequeno Príncipe Negro
Nas asas da imaginação
Hei de buscar seu coração
Em tardes de silêncio aquece
O frio que emana
Á sombra de um rio grande
Surge um barco que não engana
Ele vem de uma pequena vila
Entre os dentes traz uma fita
Amarrando um lindo camafeu
Que lá no passado, uma menina linda te deu.
Ela era que se fez moça
E o esperava à beira do rio
No pescoço havia a outra metade do camafeu
Dado pelo Príncipe Negro bravio.
Ao juntarem as duas partes
O Príncipe logo entendeu
Era ela a sua princesa
E nos seus braços a acolheu!
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Esta Não É a de Dante
(Beatriz Barbosa Pirola)
Sou eu
Sou cerne puro
Não tenho casca
Não uso verniz
Sou transparente
Como toda gente
Que quer ser feliz.
Não uso disfarce
Só tenho uma cara
Não faço trapaça
Não uso carapaça
E nem carapuça.
Não sou atriz
Não sei fingir
Tão pouco mentir
Não faço comédia
Não brinco com giz.
Não sou a de Dante
Sou a Beatriz
De origem latina e
De sangue tupi
Sou eu
A que faz feliz.