"MOMENTO DO CRAQUE"
Ele fica parado, não corre atrás de ninguém.
Parece estratégico, até que a bola passada vem.
Nela ele se enrola e a perde para o adversário,
A torcida se impacienta, ensaia grito de mercenário.
O técnico insatisfeito manda o reserva se aquecer.
Mais uma vez a bola, que não para, obriga-o a correr:
Pela frente, apenas um, o goleiro, e a visão da glória,
Mas, como das vezes anteriores, o outro é sua palmatória.
De dedo em riste, pedindo garra, o técnico grita...
A torcida apupa, vaia, e mais sangue ela cogita...
O desespero aumenta à medida que o tempo está por acabar.
E quando todos já se contentam com o resultado indesejado,
O craque machucado pelas palavras em sinal de desagrado,
Pega a bola, dribla toda defesa e faz a rede balançar...
(ARO. 2000)
Ele fica parado, não corre atrás de ninguém.
Parece estratégico, até que a bola passada vem.
Nela ele se enrola e a perde para o adversário,
A torcida se impacienta, ensaia grito de mercenário.
O técnico insatisfeito manda o reserva se aquecer.
Mais uma vez a bola, que não para, obriga-o a correr:
Pela frente, apenas um, o goleiro, e a visão da glória,
Mas, como das vezes anteriores, o outro é sua palmatória.
De dedo em riste, pedindo garra, o técnico grita...
A torcida apupa, vaia, e mais sangue ela cogita...
O desespero aumenta à medida que o tempo está por acabar.
E quando todos já se contentam com o resultado indesejado,
O craque machucado pelas palavras em sinal de desagrado,
Pega a bola, dribla toda defesa e faz a rede balançar...
(ARO. 2000)