Gratidão aos mestres

A vida inteira tive a sorte de ter em meu caminho bons professores. O primeiro nome que me vem, ao listar aqueles que mais me marcaram, é Silvia, filha do “Seu Mazim”. Ela morava pertinho da nossa casa e “brincava” de lecionar. Lembro que ela levava pra gente livros, lápis e caderninhos (daqueles que tinham o Hino Nacional na contracapa). Das lições, a que mais me recordo é a história dos jesuítas catequizando os índios.

Na 3ª série do Fundamental (1986), na Escola Profº Edmilson Guimarães de Almeida - UV-10, no Conjunto Ceará, eu tinha a professora mais amada do mundo: a tia Fernanda. Que saudade, meu Deus! Escrevia bilhetinhos pra ela, com declarações de amor! Lembrar disso me faz voltar tanta coisa na minha vida, eu era tão inocente!

Depois, na 6ª série, outra bênção em minha vida: o professor Zé Maria. Eu me vi fascinada por ele. Dava um show na aula de matemática, era perfeito! Era a sua a aula mais prazerosa do mundo. Esse era o tempo da “tele-aula”, um sistema em que as aulas eram acompanhadas pela TV, no canal 5 – TVE, e o professor ganhava o nome de orientador. “Língua Portuguesa” era “Comunicação e Expressão”. Esse era o ano de 1989, no Antônio Albuquerque, a escola que mais me marcou. E, na 8ª série, o raio caindo no mesmo lugar: Zé Maria era novamente o orientador da minha turma.

No Ensino Médio, tive professores excelentes, na Fundação Bradesco, 1992 a 1994. No último ano, Ferreira Júnior, o professor de Educação Artística, se consagrou em minha vida como o mais espetacular. Suas aulas eram maravilhosas, com música e dança: Charleston, tango, mambo, valsa... a nossa festa de conclusão do curso foi linda, graças ao amado Júnior.

No Técnico em Secretariado, em 1999, outro grande educador em meu caminho: Augusto Cruz. Uma pessoa muito especial, que carrego comigo num cantinho bem guardado, no meu coração. Ele é muito bom no que faz. Amo esse professor “sumido”... ligava pra ele e dizia “adivinha quem é?” e ele respondia: “Celça, só você pergunta isso!”.

Como mais um presente de Deus na minha vida, veio-me Benigna Soares Lessa, professora do SENAI. Participei de um curso de Redação com ela e fiquei maravilhada. A ela atribuo o meu despertar para a leitura. Comecei com sua indicação “O amor nos tempos do cólera”, de Gabriel García Marquez, o primeiro título de uma sequência de leituras sem fim, pois a cada novo livro, novas descobertas e isso pra mim, que escrevo, é fundamental.

Ano passado, já na UFC, o abençoado Érick, de forma espetacular, conquistou mais essa fã, com seu jeito único de expor o conteúdo nas aulas de Teoria da Literatura. Era impressionante como nos prendia a atenção com suas falas. Fez uma falta danada no semestre seguinte.

E, para finalizar minha lista, um destaque para a professora Letícia, Espanhol III - UFC. Na primeira aula que tive com ela, quase desisti do curso. Fiquei com medo. Disse mil coisas, em espanhol, deixando perplexos a todos. Mas foi se revelando uma educadora exemplar e me ganhou fácil. Vejo nela o amor que tem pela profissão e pelos seus alunos. Quero aula dela em todos os semestres do Curso.

Exaltemos a figura do professor em nossa sociedade! Sem professor, que outras profissões existiriam?

Meu reconhecimento à importância de todos esses profissionais em minha formação. Obrigada.

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 13/10/2012
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