HOMENAGEM A LUIZ GONZAGA
Autor: Silvério Oliveira
No dia 4 de agosto
O show vai ser de primeira
E a cidade de Exu
Vai prestigiar inteira
Hoje a nossa filarmônica
Essa jovem que dispara
Na música do Ceará
E o Nordeste não separa
É a Estrelas da Serra
Que é lá de Croatá
Uma cidade pequena
No Norte do Ceará
Viemos a Pernambuco
Pra tocar Rei do Baião
Na cidade de Exu
A pátria do coração
Homenagem à Luiz
E também à Guanabara
20 anos transportando
Essa empresa que não para
Hoje aqui em Exu
Nessa terra de Luiz
E o nosso repertório
Vai ser de pedir o bis
Nasceu lá no pé da serra
Na Fazenda Caiçara
Povoado de Araripe
O autor de “Pau de Arara”
Luiz cantou o sertão
E o levou ao mundo inteiro
O lamento de um povo
Esse artista brasileiro
Luiz Gonzaga merece
Uma bela homenagem
Ele cantou o sertão
E foi homem de coragem
Luiz fugiu do lugar
Por causa de um amor
Que não pôde ser aceito
E por isso ele apanhou
Primeiro passou pelo Crato
Onde vendeu a sanfona
Viajou à Fortaleza
E foi sem pedir carona
Alistou-se no exército
Pois tinha isso na mente
Foi soldado nove anos
Sem contar pra sua gente
Foi pro Rio de janeiro
E conheceu Odaléia
Outro amor que não deu certo
Por ciúmes da plateia
Quando voltar a Exu
Com nove anos ou mais
Colocou numa canção
O reencontro dos pais
São tantos os seus sucessos
No baião que inventou
Asa Branca e muito mais
Até “ Fole Gemedor”
Com seu parceiro Zé Dantas
Nas canções ele retrata
Avida do sertanejo
E da paisagem ingrata
Outra grande parceria
Luiz e Humberto Teixeira
São canções eternizadas
E tome xote a noite inteira
Apresentou para todos
Feira de Caruaru
Também mostrou para o povo
O “Sanfoneiro Zé Tatu”
O poeta Gonzagão
Na letra “Légua tirana”
Pede chuva a Padim Ciço
O filho de Dona Ana
Contei seiscentos e sete
Todas suas gravações
Nelas o grande Luiz
Preservou as tradições
Antes de “Rei do Baião”
Tocava música estrangeira
Lá na Radio Nacional
Esse artista de primeira
Por sugestão de estudantes
Valorizou o sertão
Nas suas composições
Xote, xaxado e baião
Cantou também outros rítmos
Como marcha, valsa e choro
E o aboio do vaqueiro
Com o seu Gibão de couro
Cantou até para o Papa
Quando veio a Fortaleza
E este reconheceu
Em Luiz sua grandeza
No dia 13 de dezembro
O filho de Januário
Completaria cem anos
Homem extraordinário
No xote, baião e toada
Assum Preto sente a dor
Acauã que chama a seca
Asa Branca que voltou
Lá no seu Pé de Serra
A Vida do Viajante
Amarga Qui Nem Jiló
Mas é muito interessante
Hoje a Estrelas da Serra
Sente esse grande prazer
De tocar Luiz Gonzaga
Na terra que viu nascer
Por aqui vou terminar
Que não dou conta de tudo
Muita história pra contar
Precisa de muito estudo
(Meu irmão e compadre)
PARABÉNS, um Show de expressões verdadeiras!!!