Um poeta vivo - Chico Perna.

Um poeta vivo, no prélio contra a tolice de se achar morta a arte de dizer como vivas as formas do amor.

Que toma a frente de batalha com versos intermitentemente incansáveis, atingindo o peito dos que ouvem o belo com uma dor de que fora horrendo.

Os sepultados pela globalizante vulgaridade se perdem no seu volver pensante e no seguir rastros dos imortais que o precederam. Eles, os sepultados, deixarão para a geração futura e evoluída, ressurgida do ciclo vital, o aplaudir admirado àquele que foi mestre como se fosse um simples colega e que foi poeta como se fosse um soldado entrincheirado em solo inimigo.

Meus pares não veem como eu, ao passo que fazem pra si o que não quererão ensinar aos seus filhos.

Antes prefiro homenageá-lo agora, a fingir que não sou menos que ele.

Antes prefiro acordar pros versos a permanecer nas sombras das arapucas montadas pelos que conhecem o poder dos versos, mas implantam o contrário, para que o mundo seja mais fácil de se dominar.

Vivas ao poeta vivo, vivas a cada escrito seu e sorte aos que não lhe compreendem.

Viva, Chico Perna!

Rogério Nolêto
Enviado por Rogério Nolêto em 04/10/2012
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