Um poeta vivo - Chico Perna.
Um poeta vivo, no prélio contra a tolice de se achar morta a arte de dizer como vivas as formas do amor.
Que toma a frente de batalha com versos intermitentemente incansáveis, atingindo o peito dos que ouvem o belo com uma dor de que fora horrendo.
Os sepultados pela globalizante vulgaridade se perdem no seu volver pensante e no seguir rastros dos imortais que o precederam. Eles, os sepultados, deixarão para a geração futura e evoluída, ressurgida do ciclo vital, o aplaudir admirado àquele que foi mestre como se fosse um simples colega e que foi poeta como se fosse um soldado entrincheirado em solo inimigo.
Meus pares não veem como eu, ao passo que fazem pra si o que não quererão ensinar aos seus filhos.
Antes prefiro homenageá-lo agora, a fingir que não sou menos que ele.
Antes prefiro acordar pros versos a permanecer nas sombras das arapucas montadas pelos que conhecem o poder dos versos, mas implantam o contrário, para que o mundo seja mais fácil de se dominar.
Vivas ao poeta vivo, vivas a cada escrito seu e sorte aos que não lhe compreendem.
Viva, Chico Perna!