À Francinete, mais que uma amiga, uma irmã
Reconhecer em uma pessoa a bondade, a solidariedade, o altruísmo é muito difícil, principalmente nos dias de hoje onde tudo é feito por interesse, na base do "toma lá dá cá". No entanto, você que agora está lendo esse texto pode se alegrar, pois esse alguém, dotado com essas virtudes, existe e se chama Francinete Dias da Silva.
Há certas pessoas que me custa caro escrever sobre elas, porque não é qualquer adjetivo que se enquadra, tem que ser algo bem trabalhado, torneado, como o processo de lapidação de um diamante. Pessoas assim são bênçãos de Deus na vida de qualquer um. E minha família teve e tem o prazer em acolher a Francinete como mais um membro, no sentido real da palavra.
Mulher generosa, dotada de um coração imenso e de uma bondade indescritível. É impressionante como ela não mede esforços para ajudar a quem quer que seja. Pude concretamente perceber esses pormenores quando da perda do meu irmão, Valentim Neto, momento em que tomou nossas dores, nos sustentou nos ombros, cuidou da gente, mostrou-se prestativa desde o primeiro momento de dor, fazendo-se uma de nós. O que ficava veementemente claro era seu jeito prestativo e incansável de servir. Lembro-me agora das palavras de Cristo, quando disse aos discípulos: "Eu vim para servir e não para ser servido."
Nesta frase está centrada toda a sabedoria divina, que se humaniza em nós. Quem serve se coloca à disposição do outro, desprendido de qualquer interesse, serve porque tem em seu âmago o desejo, o prazer, a alegria. Tagore, escritor e poeta indiano, uma vez disse: "Adormeci e sonhei que a vida era alegria; despertei e vi que a vida era serviço; servi e vi que o serviço era uma alegria." Neste trecho se encontra a essência do servir, que ela, Francinete Dias, sabe e faz com toda maestria.
Obrigada por tudo, minha irmã.