Fecho os olhos, volto a minha infância, a pureza, a delícia de ser uma criança;
A princesinha do papai, que se arrumava pra esperá-lo chegar...
E quando ele chegava, era motivo de muitos risos, conversas; sempre as minhas traquinagens, ele queria saber, ouvir, participar!
Com ele, ao meu lado, sempre me sentia amada, protegida; reclinar minha cabeça no seu colo, sua mão a me afagar...
O travesseiro do seu ser, ele me dava; sonhava que estava no céu, a bailar, regozijar!
Devaneio, neste momento, que meu pai está aqui, a me ouvir, conversar, alegrar;
A realidade daquele momento está intacta no meu coração; desde que ele partiu, foi pro céu, sem me avisar, levar!