SÉRIE: MUSAS DE MEUS VERSOS - 45 - Mirla Cecília

Não posso crer que haja um ponto de ocaso em teu encanto

Nem vejo algo lindo tanto quanto o todo que avisto em ti

Pois quando a poesia decide me vestir tal como orvalho em relva é manto

Eu me levanto para voar em direção ao teu inebriante sorrir!

E eu sei que não é meu esse sorriso...que o paraíso não me atina

Mas nessa melanina amorenada há tal feitiço que se torna laço

Que cada cacho dos cabelos seus um pedaço meu fascina

E seu olhar distante me ensina como adentrar em abstrato lírico paço!

Posto que tal forma me deforma para ser segundo sua aura

É como a água calma que banhou sua pele iluminada do Una ao Munim

Igual um alecrim nascido em solo enriquecido de isaura

Que em minh'ma instaura o êxtase do enlevar sem fim!

É tal ou algo proximal do que seria a plenitude desse meu fogaréu

Moça doce igual o mel, obra inaudita da poética argila

Um dia dilatou minha pupila, que embasbacada lhe julgou troféu

Pois ela é prêmio dado pelo céu - que lá foi anjo e aqui é Mirla!

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A Mirla Cecília, tributo e reconhecimento maior que minha lavra!"

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 04/09/2012
Reeditado em 04/09/2012
Código do texto: T3865519
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