SÉRIE: MUSAS DE MEUS VERSOS - 45 - Mirla Cecília
Não posso crer que haja um ponto de ocaso em teu encanto
Nem vejo algo lindo tanto quanto o todo que avisto em ti
Pois quando a poesia decide me vestir tal como orvalho em relva é manto
Eu me levanto para voar em direção ao teu inebriante sorrir!
E eu sei que não é meu esse sorriso...que o paraíso não me atina
Mas nessa melanina amorenada há tal feitiço que se torna laço
Que cada cacho dos cabelos seus um pedaço meu fascina
E seu olhar distante me ensina como adentrar em abstrato lírico paço!
Posto que tal forma me deforma para ser segundo sua aura
É como a água calma que banhou sua pele iluminada do Una ao Munim
Igual um alecrim nascido em solo enriquecido de isaura
Que em minh'ma instaura o êxtase do enlevar sem fim!
É tal ou algo proximal do que seria a plenitude desse meu fogaréu
Moça doce igual o mel, obra inaudita da poética argila
Um dia dilatou minha pupila, que embasbacada lhe julgou troféu
Pois ela é prêmio dado pelo céu - que lá foi anjo e aqui é Mirla!
***********************************************
A Mirla Cecília, tributo e reconhecimento maior que minha lavra!"