Minha mãezinha querida
Para te homenagear não preciso esperar que chegue o segundo domingo de maio. Minha vida é toda de agradecimento. Primeiro por ter nascido e segundo por ter tido você comigo durante quarenta e oito anos.
Pode até parecer pouco tempo, mas foi tudo de bom o que me permitisses viver. Talvez tenha desperdiçado muitos momentos, mas foi o suficiente para reconhecer a tua importância na minha vida e na dos meus filhos. E por falar em filhos. Ainda hoje vejo resplandecer a tua imagem na personalidade principalmente de Emanoel, que tu imprimiste e transmitiste um legado de responsabilidade, lealdade, honradez, seriedade e tantos outros adjetivos que aqui não caberia.
Lembro com muita nitidez minha infância, onde me destes toda a liberdade de enfrentar o mundo com alteridade. Nunca me censurastes. Dizia vá à loja escolha um tecido e compre; Vá à igreja; vá brincar com suas amiguinhas etc etc. Sempre me deu liberdade e com certeza não confundi com libertinagem e sempre fui correta em tudo que fiz até hoje.
Minha Zefinha, assim eu a tratava em alguns momentos de carinho, a saudade é imensurável! Até o teu perfume às vezes sinto, ela usava asaeiva de Alfazema. Mas tenho uma certeza. De acordo com a tua vivência neste mundo humano, creio que o senhor Jesus te reservou um lugar privilegiado.
Considero-te uma heroína. Quando em meados de século dezenove, onde a mulher não possuía nenhuma autonomia. Fostes capaz de separar de meu pai com três crianças de três, cinco e sete anos. Num tempo onde as leis não defendiam a mulher. Tanto que o meu pai nunca dependeu de recursos obrigatórios mensal. Tu é que fostes à luta para sobrevivermos.
Não sei o motivo da separação, mas o meu pai foi relapso e insensível durante nossa infância, adolescência e juventude. Mas tu permanecestes firme até o dia em que o Senhor resolveu te raptar de nós. Doeu demais, mas de uma coisa eu tenho certeza, enquanto vivesse eras considerada o sustentáculo da família. Em todas as ocasiões, de alegria e de tristeza. Tinhas sempre uma solução a apresentar.
Saudades eternas da tua filha.
Maducar
Foto da autora da querida Zefinha, saudades eternas!
Para te homenagear não preciso esperar que chegue o segundo domingo de maio. Minha vida é toda de agradecimento. Primeiro por ter nascido e segundo por ter tido você comigo durante quarenta e oito anos.
Pode até parecer pouco tempo, mas foi tudo de bom o que me permitisses viver. Talvez tenha desperdiçado muitos momentos, mas foi o suficiente para reconhecer a tua importância na minha vida e na dos meus filhos. E por falar em filhos. Ainda hoje vejo resplandecer a tua imagem na personalidade principalmente de Emanoel, que tu imprimiste e transmitiste um legado de responsabilidade, lealdade, honradez, seriedade e tantos outros adjetivos que aqui não caberia.
Lembro com muita nitidez minha infância, onde me destes toda a liberdade de enfrentar o mundo com alteridade. Nunca me censurastes. Dizia vá à loja escolha um tecido e compre; Vá à igreja; vá brincar com suas amiguinhas etc etc. Sempre me deu liberdade e com certeza não confundi com libertinagem e sempre fui correta em tudo que fiz até hoje.
Minha Zefinha, assim eu a tratava em alguns momentos de carinho, a saudade é imensurável! Até o teu perfume às vezes sinto, ela usava asaeiva de Alfazema. Mas tenho uma certeza. De acordo com a tua vivência neste mundo humano, creio que o senhor Jesus te reservou um lugar privilegiado.
Considero-te uma heroína. Quando em meados de século dezenove, onde a mulher não possuía nenhuma autonomia. Fostes capaz de separar de meu pai com três crianças de três, cinco e sete anos. Num tempo onde as leis não defendiam a mulher. Tanto que o meu pai nunca dependeu de recursos obrigatórios mensal. Tu é que fostes à luta para sobrevivermos.
Não sei o motivo da separação, mas o meu pai foi relapso e insensível durante nossa infância, adolescência e juventude. Mas tu permanecestes firme até o dia em que o Senhor resolveu te raptar de nós. Doeu demais, mas de uma coisa eu tenho certeza, enquanto vivesse eras considerada o sustentáculo da família. Em todas as ocasiões, de alegria e de tristeza. Tinhas sempre uma solução a apresentar.
Saudades eternas da tua filha.
Maducar
Foto da autora da querida Zefinha, saudades eternas!