AS LUZES DO MONT'SERRAT
A noite está fria,
a chuva é constante
e as luzes distantes
- lá no Mont't Serrat -
assim refletidas na minha vidraça
molhada de chuva,
tão perto parecem!
- Mas se as mãos eu estendo
não posso alcançá-las...
São luzes distantes
assim como o sonho,
o amor, o carinho,
que vim resgatar.
- A tanto busquei
mas nada eu encontro
- tão cheias as mãos,
ninguém para dar!
E as mãos interrompem
seus gestos de amor
e caem inertes: ninguém para dar...
A alma se encolhe, frustrada, tão só,
e aos poucos se torna
tão fria, tão fria!
As luzes distantes,
a chuva caindo,
a casa, a vida, a alma vazias...
Eloah Borda - esta poesia foi escrita quando eu residia em Bogotá/Colômbia.
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