Hypatia

Hypatia (370-415 d.C.) foi conhecida como a primeira mulher matemática, e também filósofa, cientista e erudita. Nascida em Alexandria, foi criada por seu pai Teon, após a morte da mãe que morrera enquanto ela ainda era bebê. Seu pai fora um professor universitário de matemática que a supervisionou em todos os aspectos da educação de Hypatia. Sob sua tutela, ela estudava matemática, Ciências, Literatura, Filosofia e Artes, e ainda praticava exercícios de ginástica.

Mas Hypatia era mesmo conhecida por desafiar a fenomenologia da época, e por sua forma peculiar de lutar contra as correntes de pensamento que prendem o ser a velha prática do "temor ao conhecimento", e lutar contra a dominação machista imposta às mulheres. Para ela, isso torna o ser estático e mórbido sem movimento, o que impede de evoluir e lograr conhecimento expandido a cognição do pensamento.

Ela foi uma, também, uma mulher de garra e fibra que jamais se deixou ser corrompida pela pequenez e pela miséria de uma mente fechada. Em vista de uma lógica racional e dedutiva onde o discernimento dos fenômenos são separados do real estreito da visão racional.

Nunca, na história da humanidade, se viu tamanha sabedoria e persistência em uma mulher que lutou para trazer o entendimento do cosmos aos acontecimentos na vida do homem na Terra.

Seu estilo de pensar, de forma racional, era baseado na busca por respostas que levassem o ser a evoluir dentro do universo do Logos, no qual ele está inserido. Por esta razão, no início do movimento cristão, Hypatia foi acusada de prática do Ateísmo e de Bruxaria.

E, após Roma autorizar a abertura dos portões da Biblioteca de Alexandria* para que ela fosse completamente invadida e destruída pelo movimento cristão fanático em ascendência, todos os filósofos da época tiveram que partir da cidade. Outros foram mais determinados e persistentes e resolveram não fugir. Foi o caso de Hypatia, ela resolveu ficar na cidade e aceitar o julgamento que lhe fora imposto pelos fanáticos religiosos do movimento judaico-cristão.

Levando a julgamento, diante dos sacerdotes Sinesius, Cyril, e de Orestes - o prefeito - que foram seus alunos, ela é condenada por dizer que desacreditava na crença de um único "deus cristão." Ao afirmar que "ei não posso deixar de questionar a razão”, Hypatia é julgada e condenada por bruxaria e ateateísmo, e por acreditar na Filosofia, não na fé cristã.

A jovem fora julgada impiedosamente pela Igreja, e antes que ela recebesse sua sentença - o apedrejameno pelos cristãos, seu servo e admirador Davus, para não ver sua musa sofrer tamanha brutalidade de sofrimento, e por querer poupa-la de sentir grande dor e humilhação, ele decide asfixia-la, antes da chegada de seus algozes. Embora, isso também tenha feito ele sofrer muito ao ter que fazer isso, ver sua musa morrer em seus braços, para não vê-la morrer pelo apedrejameno.

No momento em que chegam seus algozes, ela já está morta, não contentes seus algozes ainda foram sinistros, eles esquartejaram seu corpo e arrastaram-na pelas ruas da cidade, queimado-a em uma pira.

O jovem Cyril, que a condenou e a sentenciou, mais tarde ainda foi declarado “Santo e Doutor da Igreja”. ("SANTO???").

Embora nenhuma obra de Hypatia tenha sido salva prova de material científico, sabe-se que ela fora uma das maiores astrônomas da história da humanidade, conhecida pelos seus estudos matemáticos sobre as curvas cônicas. Quando no século XVll, 1.200 anos depois, o astrônomo Johannes Kepler, descobriu que a elipse regia o movimento planetário, confirmando, assia, a sabedoria dessa mulher.

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Essa é minha homenagem àquela que fora considerada uma grande filósofa: Hypatia.

Em Hypatia, as questões refutadas e a razão são fundamentais para compreender o que de fato é verdade e que de fato é mito diante do conhecimento infinito que a razão do Logos nos proporciona conhecer e saber.

Aos amantes da sabedoria aqui vai a reverência a filósofa Hypatia.

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*A Biblioteca de Alexandria é considerada a maior da história da humanidade, nela haviam obras primorosas e de valor inestimável ao saber do homem. Sabe-se que após a invasão dos cristãos e também dos Judeus, um conhecimento magnânimo fora perdido para sempre, alguns dos maiores filósofos da história antiga não tiveram obras completas e reconhecidas por causa do fim da biblioteca, pois nada restou dela, tais como Tales, Heráclito e Hypatia.

Fabinho Oliveira
Enviado por Fabinho Oliveira em 19/08/2012
Reeditado em 20/05/2017
Código do texto: T3838911
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