Sorte tem a ver puramente com o acaso, com aquilo que não é calculado ou planejado.  Um encontro fortuito não tem cálculos, nem planejamentos.  E do acaso nasceu uma amizade verdadeira, sem cobranças, nem exigências. É puro carinho, consideração, sinceridade.  E neste mundo virtual, tais atributos são difíceis de encontrar, mas tive sorte: o acaso me trouxe o querido Mestre e amigo Ansilgus.
 
Amigo, não sei como agradecer por tudo o que tenho ao seu lado: inspirações, cordéis (com motes incríveis!), poesia... Escrevi, então, uma singela homenagem pelo carinho e consideração que me devota e que demonstre a preciosidade de sua amizade para mim. E quero comemorar minha sorte com um cordel, como gostamos de poetar juntos.  Espero que goste!
 
SORTE
 
Como agulha no palheiro
Ou na imensidão do mar
Um amigo verdadeiro
É difícil de encontrar
Achei, deixo aqui meu canto
E ao bom Deus bendigo:
TENHO SORTE NO RECANTO
ANSILGUS, MEU GRANDE AMIGO

 
Não há tão rico presente
Como um vínculo tão forte
De uma amizade crescente
Um amigo que se importe
Meu cordel não vale tanto
Carinho que tens comigo
TENHO SORTE NO RECANTO
ANSILGUS, MEU GRANDE AMIGO

 
A gente nunca se cobra
Nem é exigente demais
Temos respeito de sobra
Amigos, somos leais
E se cair em meu pranto
Sozinha, sei que não sigo
TENHO SORTE NO RECANTO
ANSILGUS, MEU GRANDE AMIGO

 
Se invejam nossa amizade
Nem tomo conhecimento
Pois eu sei que a verdade
É o maior bem que ostento
Que todos saibam, portanto,
Que não escracho, nem brigo
TENHO SORTE NO RECANTO
ANSILGUS, MEU GRANDE AMIGO

 
Amigo, és meu tesouro
Bem querido e precioso
Amor forte, duradouro
És como um pai cuidadoso
Eu nem sei medir o quanto
Aprendo sempre contigo
TENHO SORTE NO RECANTO
ANSILGUS, MEU GRANDE AMIGO

 
Sei que muitos não creem
Na amizade simples, pura
Eu já duvidei também
Mas insisti na procura
Com ele, sempre me encanto
E uma vez mais, digo:
TENHO SORTE NO RECANTO
ANSILGUS, MEU GRANDE AMIGO

Fiquei até emocionada com o comentário e, principalmente, com os versos do meu querido Ansilgus... Obrigada, Mestre, por este presente magnífico: sua amizade!

Tomei um susto medonho
Confesso tive até cólicas
Coisas que foram um sonho
Sonhei com coisas simbólicas
Procurei você demais
Nem sei por que é que somes
É bom que esteja na paz
A querida Vânia Gomes

Pensei: Ela está doente
Mas por que nada me disse
Disso eu fiquei muito crente
Mas do que se ela partisse
Amizade verdadeira
Assim como de irmão
Forte tal qual aroeira
Seja no inverno ou verão
 
Parceira de meus cordéis
Ela o faz com seu requinte
Esquece dos seus anéis
Eu me torno no seu ouvinte
Entende a minha emoção
Valoriza minha asneira
Tem um grande coração
Sempre boa companheira
 
O quadro de que ela fala
E que a tornou feliz
Com muita honra me cala
Nem acredito que o fiz
Tive aquela inspiração
Na casa de veraneio
Num dia de solidão
E também de muito anseio
 
Saiba nobre poetisa
Que fiquei realizado
Para mim foi uma brisa
E por que não um achado
O pagamento do artista
Diria mesmo sua sede
É ver seu quadro na lista
Ou pregado na parede



postado também em meu site
 
Vânia Gomes
Enviado por Vânia Gomes em 19/08/2012
Reeditado em 30/06/2014
Código do texto: T3838246
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