Maria Rosa, minha mãe!
Mesmo quando o nosso tempo se escoar
Além da nossa própria imaginação
Recordarei o teu jeito de amar
Inundando-me de carinho e afeição
Amando-me com alma e paixão!
Rio-me ao recordar-te os dedos
Ondulando no meu cabelo fino...
Sabias bem embalar-me os medos
Acariciando o meu sono de menino!
Da tua vida eu tiro o meu ensino
Atrás de ti não fecharei a porta...
Sentes como eu,sofres sem desatino
Iludes a dor mesmo quando ela te corta!
Lambes as feridas com altivez
Valendo-te de uma sábia sabedoria
Atravessaste a vida de uma vez...
Pedindo paz, mas tendo melancolia!
Eu queria prestar-te o meu tributo
Repousar em paz no travesseiro
Então concedo-te este eterno minuto
Inventando o que não compra o dinheiro...
Ri sempre a tua sã gargalhada!
Assim a dor não valerá nada...!
NOTA FINAL: Maria Rosa da Silva Pereira é minha mãe e a sua historia não se esgota nos versos que se podem compor com as iniciais do seu nome, pois ela não tem um nome enorme. E teria de ter um nome enorme para que fosse possível dizer ao mundo da sua grandeza. Tanta paixão, tanta vida, tanta bondade não se podem escrever... Amo-te mãe!