RECIFE ETERNO ESPLENDOR
Nos morros destoa a riqueza
Sombria no inverno, eu vi
Reflete ao tempo a beleza
De quem vem de lá, percebi.
Nos mangues o alimento está
Quem desfruta sabe dizer
Delicioso no paladar
Muitos repetem ao comer
Nas margens dos rios, o verde
A água em total liberdade
Sem ela a vida inexiste
Prelúdio de uma grande verdade
Ao alto sempre reluz
De dia, de noite e ao entardecer
Energia e brilho de luz
Sol, lua, estrelas, em grande saber
Repleto, incita o homem de bem
Nas águas querer navegar
Mas há o perigo também
No mar, velejar, velejar.
Nas árvores o produto pós-flor
Serenamente desperta o querer
Desfruta imenso sabor
Os frutos carnudos comer.
Ao sol reluz suas cores
Em largo espectro de luz
Vislumbrante perfume, as flores
Encanto e beleza produz
Ao vento deslizando em harmonia
Num suave tilintar, ouvi
Palmeiras, coqueiros, que alegria!
Folhagens belas ao ar, eu vi
Os frutos, saudades deixou
O gosto do beber e saborear
A água docinha na boca ficou
A polpa raspando, a merendar
Saudades da terra levei
Do céu azul cor de anil
Lembranças de suas histórias
Do povo feliz, varonil.
Beth Oliveira – 12/07/2012