Cantinho cultural: rádio de divulgação de música e poesia na cidade de São Pedro, SP
O locutor Ozório (apoio técnico de zé) entrevistou o poeta e mestre em literatura José Joao Bosco Pereira (encaminhado pela escritora e professora Gentila Silva Frare, mulher dedicada à busca de talentos poéticos e trabalha no Museu de São Pedro - 97147258 ou 34811889) no dia 22/07/12, às 11:15 no Cantinho cultural: rádio de divulgação de música e poesia na cidade de São Pedro, SP.
A entrevista consistiu em aspectos da vida literária e a produção intelectual de João Bosco, mineiro de Alfenas, MG.
A poesia surgiu do envolvimento familiar, o exemplo do Pai Sebastião Pereira, declamador de "A flor do Maracujá", os cantos litúrgico da Igreja Católica. Tudo isso redundou em algumas paródias infantis, baseada no folclore como "Se essa Rua fosse minha". A poesia está em todo lugar; ser poeta não é algo que menospreza quem a elabora de coração. Os meus poemas são híbridos em formatos e estilos, desde o neorromântico, ao neossimbolismo, existenciais e contemporâneos, inclusive os práxis e concretos.
A primeira produção intelectual publicada foi Momentos Poéticos, livro de poesia de 2006, em Divinópolis, MG.
O mestrado versa sobre Sebastião Bemfica Milagre, poeta e policial civil, cuja influencia bebeu Adélia Prado e outros poetas de Divinópolis.
Inclusive declamou o poema "Otimismo", de Jadir Vilela de Souza em Poemas das horas mortas; outro poeta de Divinópolis, ex-aluno de Sebastião Milagre.
Depois, o poeta João Bosco homenageou Ozório com o acróstico:
Óbile das alturas
Zênite das fímbrias gentilezas
órgano de polifonia das criaturas
Rima em sereno lago das sereias
irmanando gregos e troianos entre proezas
orgulho extraordinário de São Pedro.
Logo após, o poeta leu o texto "A felicidade é uma consequência de nós mesmos". Trata-se da história do pai que ensinando sobre o eco das montanhas, quando o filho machucou os joelhos quando caira em pedregulho:
"- Isso meu filho, é o eco. (...) A vida devolve tudo o que você diz ou faz. A sua felicidade é um reflexo de seu comportamento." (texto retirado de Guia do Catequista, 2012, Editora O Recado.)
Por fim, depois dos agradecimentos ao fim do programa, o poeta se referiu à máxima latina, citada por Marisa Lajolo em História de quadro e leitores, Editora Moderna, p. 12: "Ut pictura poesia", pensamento de Simonides de Keos. A expressão significa "Na poesia, da mesma foram que na pintura." Deste modo, a pintura é a poesia muda e a poesia é a pintura que fala, segundo Lajolo (2006, p.&)
Houve, logo no início da entrevista, a distinção do valor do verso ao longo da história da literatura brasileira e na teoria clássica do verso. O poeta fala da mímeses e a cultura como lugar de construção da arte poética, seja em verso ou em outras formas estruturais de poemas.
Assim, a referência bibliográfica, a que o poeta João Bosco aludiu ao longo de sua fala:
FERNANDES, José Augusto. Dicionário de rimas da língua portuguesa, 7ª edição, 2000, Record, 429 p.
GUIA DO CATEQUISTA. 2012, O Recado.
MILAGRE, Sebastião Bemfica Milagre. O homem agioso/ O viaduto das Almas. Gráfica Santo Antônio. Divinópolis, 1986.
LAJOLO, Marisa Lajolo em História de quadro e leitores, Editora Moderna.
PEREIRA, José João Bosco Pereira. Momentos Poéticos, Sefor: Divinópolis, 2006, 62 p.
SOUZA, Jadir Vilela de. Poemas das horas mortas.ADL: Divinópolis,