Sobre um grande amor
Eu realmente nunca imaginei que fosse te perder um dia... O seu abraço era tão aconchegante. Seu sorriso... Tão único! Até sua forma de dizer "Deus te abençõe" era única. Era tudo te ouvir me chamar de "minha filha". Eu te amava tanto! E que bom que eu consegui te dizer isso a tempo...
Sempre me senti muito feliz em tua presença, o senhor me trazia alegria sempre. Me recordo que sempre que o senhor vinha me pedia pra lhe cantar uma canção e quando eu cantava, o senhor me olhava com um olhar de orgulho e me aplaudia, ainda que fosse apenas com um sorriso. Ah, eu me tornei fã do seu "chapéu de fazendeiro" e o senhor fez questão de mandar um.
O senhor veio à minha casa pouco mais de um meses antes de partir e me parece que apenas para eu lhe abraçar e lhe agradecer pessoalmente. Tive o privilégio de te abraçar outra vez e se eu soubesse que seria o último abraço, eu jamais teria te soltado, jamais teria te deixado ir. Mas o senhor se foi.
O que eu peço à Deus nesse momento, é que o senhor pudesse ouvir cada palavra que escrevo, meu grande amor. Sei que o senhor não gostava de tristeza, tanto era que bastava me ver cabisbaixa, vinha logo perguntar "está triste por que, minha filha?", mas eu não posso negar que tua falta me traz um aperto enorme no coração. É imensa a falta que tu me faz, meu Zé.
Obrigada, muito obrigada por ter feito parte da minha vida de uma forma tão bonita! Te amo pra sempre.
(Com todo o meu amor e saudade, ao meu eterno tio e sogro, José Martins Nunes)