As aventuras de Piolho

Pra quem gosta de aventura

Esta história vou contar

História de brigas, amor e ternura

Sei que todos vão gostar

Piolho foi bicho solto

O medo não conhecia

Não “curtia” o conforto

Que o lar lhe oferecia

Então partia sem destino

Sem lenço, sem documento

Pra alguns era um desatino

Pra ele era um alento

Viver a vida em liberdade

Esse era o seu desejo

Sem planos e sem vaidade

Sem dinheiro e sem apego

Mestre no carteado

Dele ninguém ganhava

Mas ficava indignado

Quando o perdedor não pagava

Das brigas não fugia

Qualquer que fosse o oponente

Apanhava e batia

O Piolho era valente

No amor era rufiao

Ate conhecer Pichita

A mulher dum valentão

Que jurou-lhe arrancar as tripas

Mas Piolho era sujeito homem

E intimou o valentão:

“que conversa é essa com meu nome”

O valente assustado, respondeu: “ne nada não”

Na essência, Piolho era uma candura

Não era só um cafunje

Era um poço de ternura

Quando jogava baralho, Pichita deitava em seu colo e ele lhe fazia cafuné.

Taciturno Calado
Enviado por Taciturno Calado em 09/07/2012
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