O dia que Dona Linda chegou ao Céu.

Correntina é uma pequena cidade situada no oeste baiano, fazendo divisa como Estado de Goiás, onde a tradição das grandes família costumava ditar o comportamento social das  famílias, e entre essas família, tradicionais, a cidade desenvolvia sob o influência do signo cristão apostólico romano, tendo ativa participação das famílias tradicionais, que se alternavam no poder, fieis aos conceitos e preconceitos ditados na época.

Entre as tradicionais familias,  figuravam os Magalhães, Vieiras  e Araújo, exatamente neste ordem exerceram o poder mandatário do municipio, depois veio os Franças, Guerra e depois daí, cairam algumas ervas daninhas na roça e a sociedadade virou uma "farofa".  Forte era também as tradicionais familias Rocha, Neves, Ferreira, Costa, que sem duvida formaram os principais troncos da sociedade correntinense. Essas familiar se misturaram entre sí e acabou primo casando com primo e aos poucos, o tempo foi se encarregando de quebrar hegemonia dos brasões.

As rivalidades políticas prevalecem, com suas alternâncias, como também se alteram as fórmulas de lidarança e rivalidades; nada mais como antes... ao que  parece, cada vez mais nos afastamos das tradições. Algumas familias partiram,  como os Magalhães, os primeiros a ir embora, de pouco a pouco, a ultima familia que me lembro ter partido foi os Magalhães de Seo Pedtrônio, depois os Vieiras,  os França... os Costa... a cidade foi se esvaziando de si mesma e hoje restam poucas familias tradicionais, como os Guerras e Araújo.

 
Um estudo mais aprofundado seria interessante visão deste movimento genealógico que certamente se concluíra  que Correntina, como toda cidade do interior do País, acaba sendo uma grande família, cujas raízes se estende por toda a população da cidade.
 
Nesta homenagem apenas me limito a lembrar a figura imponente e bela Dona Linda, que uniu as famílias, ROCHA E MAGALHÃES,  tendo como objetivo reconhecer essa que foi uma grande figura das artes teatrais, musicais e movimentos folclóricos de Correntina, além de mãe de uma geração de 13 filhos vivos, sem contar os natimorto .  e os que não sobreviviam a dura realidade da época e faleciam antes de completar um ano de idade.
               
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O nome  RaimundO ou mesmo RaimundA  não realça beleza para as mulbheres e nos homens deixa transparecer uma forte personalidade machista, homem rude, ligado  ao campo, o que nem sempre é verdadeiro. Já para o lado feminino, RaimundA destoa completamente da delicadeza do sexo feminino, sem falar que tornou-se alvo de pilheria que relaciona cara e bunda.

Não encontrei ainda uma mulher que tenha o nome de Raimunda, que não tenha alguma reclamação da insatisfação do nome que lhe deram! isso independente de sua beleza física se feia ou se bonita. Raimunda definitivamente não é um nome feminino. Todas que eu conheço que tem este nome não atende por ele, com exceção de algumas velhas do roçado, ou  velhas sem vaidade ou cultura. Todas que se sentindo melhorada no conhecimento e referencial em uma sociedade,  passam a ter um co-dinome a que dão preferencia, o que faz do apelido, um novo nome;  como Ray, Mundinha, Munda, Dinha; deixando o nome de batismo para ocasiões de necessidades que exigem exibir a velha identidade escondida.

 Uma dessas me contou certa feita  que questão de não lembrar que se chama Raimunda e gosta de ser chamada  simplemente Ray, com Y, falo de Ray de Zé Binga.
 
Neste caso que vamos contar a menina Raimunda Rocha aprovou de imediato o nome lhe dado,  do fruto de um acaso, quando alguém adentrou a venda de seu Pai e vendo-a, admirou-se do seu encanto e registrou-se um pequeno diálogo, do qual saiu seu nome pra toda a vida.  
 ...  Raimunda Rocha era ainda menina, quando o tal viajante a viu no interior da venda, armazém, de seo Pai,  Marcelino Rocha:
- Que menina LINDA! Qual é seu nome?
- Raimunda, senhor!
- Você é muito LINDA pra chamar-se Raimunda. Seu nome devia ser LINDA.  (relato  baseado em comentários das amigas da época).

E foi assim que ficou o seu nome, daquele diante até o fim de sua existência. Linda de Seo Marcelino, que ao casar-se passou a ser Linda de Seo Petrônio, agora uma Rocha também Magalhães.

A menina LINDA, gostou tanto do novo nome, que sentiu-se como se estivesse sido batizada naquele dia, com o nome Linda Magalhães Rocha, ou Rocha Magalhães. Fora a oportunidade que sonhava, ou talvez nem sonhasse, diante da humildade e submissão das mulheres naquela década. Como todas as outras  Raimundas; geralmente esse nome é atribuído a mulher feia e que tenha a região glútea avantajado. Mas como saber se alguém é feio ou feia se a primeira vista dificilmente se vê a alma?

O DIA QUE DONA LINDA CHEGOU AO CEU!

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Foi um querubim, a mais alta patente angelical, que em sonho me contou sobre o dia 5 de julho, dia esse em que Dona  Linda de Petrônio adentrou o Largo Celestial dos Magalhães Rochas. Foi uma festança que parecia não ter fim!

Não entendi o privilegiado da escolha, pra ser a testemunha da visão, da ascensão de Dona Linda ao Céu. Lembrei-me de que na semana do falecimento do meu dileto paizão, Iozinho, fui visitado por Serafim, que conduziu-me até a igreja matriz de Correntina e mostrou-me a solenidade linda que ocorria na igreja, com a presença de muitos entes-querido, falecidos, liderados pelo Tio Dr. Lauro, que respondia minha pergunta cheia de espanto:

- O que esta acontecendo aqui?
Respondeu ele:
- Estamos esperando seu  Pai,  ele é o homenageado da  noite.

Contei o sonho aos manos que moram em Goiânia e imediatamente eles partiram para Correntina, dizendo Henrique que era o aviso que ele esperava, pois um de nós haveria de ser aviso da partido de nosso Pai.

Fui Eu e três dias após o sonho Ele realmente partiu e eu não fui velo pela ultima vez... (até hoje choro!!!) . 

Mas por quê eu ser escolhido para esta visão de ascensão de Dona Linda? Só sei que o “Querubim” chegou a cabeceira de minha cama e disse:

- Filho do agraciado de Iôzinho, venha e trás contigo sua caderneta de anotação, pois vais escrever tudo que vou lhe mostrar hoje. Você testemunhará, na dormência de um sono, como se fosse sonho,  a chegada de uma criatura abençoada a casa do Pai.

Quis acordar mas não conseguia, quis gritar, mas a voz não saía, tentei resistir ao convite e derrepente fui tomado de uma serenidade apaziguadora e lá fui eu... ouvindo o Querubim  em cujas asas me levitava...  Chegamos numa fração de segundos, como se o céu fosse na casa ao lado, de tão rápido que foi... é que a noção de tempo e espaço, no conceito celestial não tem tempo nem espaço, é tudo como um piscar de olhos num infinito que por vezes parece do tamanho de uma mão, ou que se perde no limitado alcance da visão. 

Nunca ví o Largo tomado por tão imensa multidão.
– Disse-me o anjo, quando pousava numa torre de nuvens, de onde avistava o infinito e o largo dos Magalhães Rocha, onde ocorria a reunião de recepção da chegada de Dona Linda;  uma ovação uníssona se ouvia, rítmica como uma melodia suave... tudo parecia tão distante, mas era como se estivesse diante de nossos olhos; tamanha a nitidez do que se via e ouvia o que se falava e cantava... (Taí o mistério de Jesus falar para multidões, sem uso de qualquer tecnologia e todos o ouvirem) O largo era todo um templo de cores suaves, onde predominava tonalidades azuis e brancas tão intensas, bonitas, de alegria contagiante.

O povo todo vestido de branco em três tons, cantava louvores ao Supremo Senhor. Frases piscavam em luzes coloridas, que surgiam de todos os lados;  Seja bem Vinda LINDA!... até no céu Linda deixou de ser Raimunda pra ser simplesmente LINDA.  Agora certamente será Linda de Jesus e não mais de Marcelino ou Petrônio.

Milhares de amigos e bem próximo do palco as uoltimas 7 gerações tomavam o espaço,  com estandores reluzentes fazendo a separação de cada familia  e nele estampado o nome do varão lider. Tava lá, bem nídico, eu ví, escrito MARCELINO ROCHA... 

-  Ah! se Petrônio, Zé Augusto, Zoraide, Zenaide, Zilma, Zelia, Zilma, Zilda... se todos os Zs  de Linda  visse o que eu via naquele instante, por certo não chorariam pela dor doida da separação, mas chorariam lágrimas de felicidade pela certeza de um dia poder encontra-la na eternidade.  Para cada ano de sua vida, tinha um anjo com harpas, perfilados nas colunas de nuvens que ornamentavam a grande alameda,  e a cada 10 anjos, dois arcanjos com trombetas longas, vestidos longos com detalhes em prata e um longo “echarpe” azul que atravessava de um ombro para o outro, caindo na altura das costas, nas pontas que caiam dos ombros, a frente, estava escrito em letras de ouro o nome de cada filhos; enquanto os serafins cantavam... estranho, perguntei ao Querubim, que ligação tem a vida no céu com a vida na terra... O anjo explicou que nem uma ligação passa a existir entre os escolhidos que já gozam do reino e os que na terra ficaram e apontou para o lado, onde um exército  de anjos com espadas imensas, estavam perfilados... Aqueles são os anjos da guarda dos que aqui já estão. Após a cerimonia eles receberão novos comandos e retornam a terra para zelar pelas descendencia das desta familia, que ainda estão por vir.

Mais ao lado mostrou outros Anjos-da-Guarda, e explicou que no momento em que eles acompanham o corpo de LNDA, que retorna ao pó, esses anjos  vem ao céu, representar os filhos ainda vivos; razão da fragilidade dessas vidas, que se prendem tanto a perda. Eles estão em regime de plantão, qualquer sinal de risco, em bilionissimos de segundos qualquer um deles estão hápitos a retornar, numa velocidade que nem um pingo de água caido de um copo, tem tempo de chegar ao chão. 
 
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Os anjos tocavam acordes celestes nunca antes ouvidos no céu ou na terra,  são melodias inéditas, tocadas uma única vez e nunca mais se toca outra vez.  As trombetas repentinamente elevam seus acordes e todos presentes no largo Magalhães/Rocha  voltam suas atenções para o grande portal de ouro... naquele exato momento Linda de Jesus  era apresentada ao publico presente, enquanto na terra as ultimas flores são depositadas no tumulo onde o corpo está sendo depositado, como parte do cumprimento da palavra de Deus.
"Pois tu és pó, e ao pó retornarás.” — Gênesis 3:19. 

A direita do Largo a parentela uniformemente vestida, num leve azul turquesa no colarinho e nos punhos... Se Linda era linda em vida, imagine filho de Raimunda, sua vestimenta na hora que apareceu diante da multidão!!! "Nem Salomão se vestiu com tanto explendor..." lembra-se de quando Jesus disse isso? Está lá no céu, esperando por aqueles que se fazem dignos deste glorioso momento.  E o anjo que me assessorava ainda disse: - Estivesse diante de uma rainha do Egito, diante de Cleoplatra e das rainhas de reis, nenhuma delas parece-me bela como LINDA... Realmente, ví que sua estola, símbolo da eternidade se destacava entre todos. Pedras preciosas reluziam, fazendo com que seus olhos lindos, destacasse toda  alegria e beleza daquele  eterno momento. 

Todos ali reunidos e olhe que não é comum a presença do Espírito Santo em tais solenidades; para que isso ocorra é necessário que o SER tenha vivido uma vida irrepreensível diante dos homens e diante de Deus; Ele, o Espírito Santo, costuma  fazer-se  representado pelo mais graduado dos  anjos, como o  Arcanjo Gabriel, as vezes Miguel,  mas quando o Espírito Santo surge como áurea de luz sobre os longos cabelos de Linda... que alvoroço,  glorias e aleluia se ouvisse em unidas vozes, glorificando a Deus e ao Espirito Santo...

Linda acenava para cada um dos presentes, como se fosse velhos conhecidos; viu seus tetra avós, tri e bisavós, avós, pais, irmão, primos, primas por 7 gerações não lhe faltou ninguém. 

Foi um esplendor de luz!.

Haja festa do Divino para comparar com àquela muvuca santa. Tinha gente! digo, tantos espíritos abençoados e abençoadores por todos os lados. F preciso que LINDA flutuasse a mais de três metros das nuvens da Alameda, para que todos vissem com nitidez o esplendor da luz que a iluminava.

Disse ainda o Arcanjo: Iôzinho seu Pai,  Álvaro de Nicinha, Florzinha e Irmã Zélia Brandão  se esmeravam nas providências, comandando um exercito de anjos na organização deste o evento! Foi então que passei a olhar certos detalhes da grande alameda... Buquê de flores flutuavam por todos os lados, e sobre cada um deles descia um facho de luz,  que os faziam brilhar intensamente, como se fosse luzes neon, que escrevia no espaço o seu nome da homenageada L  I  N  D  A !!!. Até no céu ela deixou de ser Raimunda, pra ser eternamente LINDA. Tulipas  brancas e cravos azuis se destacavam entre as orquídeas e copos de leite brancos como a neve e uma fita dupla, nas cores prata e ouro, um laço borboleta ao centro enquanto as pontas se união a outras pontas e assim de laço em laço toda a alameda era tomada do colorido das flores. Pétalas de rosas coloridas choviam sobre as cabeças dos presentes, cobriam o piso de nuvens da enorme  praça, de forma que não se sabe se pisava em nuvens ou em pétalas de rosas.
Era uma lugar muito engraçado não tinha teto não tinha chão... óbvio, era o céu.  Os espíritos presentes transitavam flutuando sobre   o grande Largo.

Entre o azul do céu e o branco das nuvens, na extremidade sul da praça foi edificado o palco, em uma de suas extremidade, diante dos portais de ouro de onde Jesus vem em pessoa e espírito, receber seus escolhidos, para leva-lo ao Pai. Quando os portões se abriram... Toinho!!! Disse a mim mesmo, quando os portões se abriram... Ninguém nunca vera em vida o que eu via naquele sonho; mais parecia um momento de tanse hipnótico!.  Só saberemos do encanto deste momento indescritível se merecer a grandeza e viver um momento que viveu os escolhidos do Pai, chamados para estar com ele. Esta promessa continua viva em Mateus 25 (31:40). Vinde benditos do meu Pai, tomai o céu por herança.

Dei uma passada de olhos pelo Largo e junto ao coro de anjos, ví  em meio a eles as Dioras e as cantoras do pequeno conjunto musical no qual cantava Linda e com a batuta na mão, o insuperável maestro Aldegundes Araújo, com seu conjunto de exímias musicitas, flautistas, violinistas, bandolins   e também lá o  mestre Nemésio que regia sua velha e saudosa bandinha, agora elevada a categoria de Filarmônica Correntinense Celestial; todos em vestes especiais. Quem você pensou e quem não pensou, estava lá também e lá no céu, também destacava em solos maravilhosos, o velho trompete de Pedro Ferreira, o sax tenor de Liozirio, os pratos de marcação de Chichico,  o sax alto de  Queno de Major, o clarinete de  de Iozinho e Filinho de Major, a "furiosa" nunca estivera tão completa, por pouco faltava instrumentos, mas instrumentos é que não falta pra se tocar no céu e ela  tocava como nunca tocaram em vida!! Você choraria de tanta felicidade! os anjos novatos naquela cerimônia, emocionados discretamente levavam as mãos aos olhos, disfarçando a emoção e feito brisa, suas lágrimas caíam sobre a terra, enquanto muitos  se despedem do corpo volta ao pó.

e os amigos e parentes pudessem contemplar aquele instante, sorrisos que se eternizavam nos lábios, na alegria de saber e vê que se Linda era tão bela em vida, em espírito, perdemos as imperfeições e nos tornamos perfeitos. Que linda era Linda... naquele   momento em que aqui os amigos e parentes se despediam do corpo, o céu recebia o seu Espírito, com louvores e cânticos que anunciavam a chegada de Jesus para receber LINDA em Espírito santificado. Os portais se abriram e ... é indescritível... é indescritível Toinho, só sei que naquele instante, em que na terra o corpo baixava a sepultura, o espírito de Linda adentrava os portões de ouro em companhia de Jesus,  que a conduzia a presença de Deus, nosso  Pai.

É o momento esperado por todo mortal, que habita no esconderijo do Altíssimo e a sombra deste onipotente Deus, descansa, confia e vive, segundo Sua vontade. É um momento único, individualismo e  somente Jesus é o credenciado por Deus para nos conduzir a Ele. Foi mesmo emocionante vê os cidadãos, agora celestes, vestidos em fraques brancos e gravatas com aquele tom de azul celeste, podia se vê no altar central, as sete gerações até chegar a geração de Seo Marcelino e Dona  Henriqueta, parte presente no céu, e parte ainda gozando dos ares terrestres. As gerações eram representadas pelos casais por isso Seo Marcelino e esposa estavam posicionados no 7º. Degrau da pirâmide que representava a família dos Rochas

Uma ala chamou-me atenção, pois ela se deslocava de um lugar para outro, não tinha lugar fixo e entre eles vi claramente os talentosos Álvaro de Nicinha, Ir. Zélia Brandão, Iozinho, Flozinha, e percebendo minha inquietação o anjo que a mim mostrava todo aquele maravilhoso momento disse com um leve sorriso. Seu Pai fez questão de reunir os artistas que vocês conheceram em Correntina, e organiza toda a cerimônia. Veja que tem  lugares específicos, para famílias, músicos, e cantores.  

Se Iozinho, Álvaro, Flozinha, Ir. Zélia eram organizados na terra, imaginem organizando uma cerimônia celestial!.Veja a esquerda ao altar central estão as autoridades e os políticos que escaparam fogo do inferno, veja lá seu avô..  Major Felix, Elias França Dr. Lauro, Oswaldo França, Ubaldo, Odílio, Pedro Guerra, João Rego Vivi, Heitor Alcântara, e logo após eles, os amigos mais íntimos: Ana e Alpiniano, a recém chegada Dona Geralda de Joaquim, ainda estava sob o impacto da emoção da grande festa que foi sua chegada Taviano que não é mais cego nem Bazú e Berto que não são mais deficientes... Só vendo o que vejo, para crê em todo esse encanto, sem falar do encanto dos corpos celestes, que não são corpos, mas espíritos iluminados com a forma visível que conhecemos, enquanto viviam conosco na terra.

Ví tanta gente, alguns que mal conheci quando criança e tava lá o velho meleta... dei vontade de ri quando vi Militino sem óculos, mas ainda carregando a velha bíblia da qual nunca se apartara... será se ele no céu ainda se intriga com os meninos que faziam barulho perto de sua morada? Ah! aqui na terra ele não tolerava que alguém passasse sobre sua calçada arrastando as sandálias, puxando ou empurrando um carinho de mão... isso gastava o cimento que lhe custou tão caro e meleta sair de supetão para dar uma bicuda no objeto arrastado, ou puxar pelo braço quem vinha arrastando o pé, tirando fora da sua calçada... Ah! meleta, que saudade do menino que fui, do quanto lhe pirracei!!! Ví Ozano, Joaquim e Zé de Malvina, Dona Zinha e Seo Helvécio, Sinhá e João Diamantino, Ana de Tão e Tão, Estácio, Santa de Quica, e Nani Araújo,  até Vessinho que não era de badalação, estava lá todo serelepe lembrando do seu grane dia... Era música pra todos os lados, sorrisos, vivas puxados pelo Reverendo André, com seu sotaque estrangeiro, comandava a celebração e de quando em vez, puxava  VIVA  DONA  LINDA A A! mas tinha gente! de cada família sete gerações.  Dr. Raul e Isaura Arantes estavam lá, cheio de alegria. Dona Zinha finalmente pode matar a saudade de sua flauta, que em vida doou a Linda, na qual solou  uma canção inédita a que chamou de  Canção para Linda...

Quanta...emoção viveram os correntinenses celestiais...

Está além da imaginação e da competência humana, descrever um desses dias especiais, quando uma abençoada alma em espírito chega aos céus, pelo merecimento de uma vida dedicada e uma missão cumprida, conforme a vontade de Deus. A saudade é sem dúvida nenhuma  o amor que fica de quem parte, pois quem neste caso vai, se despe de si, corpo e vaidades ficam com os sentimentos humanos já que vai quem vai, VAI para além imaginação humana.  Vai conhecer o desconhecido mais desejado de se conhecer: O CÉU!
Embora muitos dos que ficam, acabem mergulhando no mar de tristeza, dor, saudade marcada pela ausência; porém nunca vocês devem deixar que a saudade se converta em tristeza, sofrimento. Alegrem-se pois Deus leva os bons para livra-los do mal que nos tenta todos os dias, todas as horas...
Ah! Se pudéssemos vê a maravilha de vida que vive os remidos do nosso Pai!!! Por certo não choraria tristeza, saudade... saudade até que sim, afinal, é coisa dos humanos que penam, choram e  que amam. Pensem na maravilha deste dia e faça sua parte, para merecer de Deus essa grande glória.

Um clarão intenso tomou toda alameda, os olhos dos presentes nada podiam vê, e o Querubim surrou ao meu ouvido... – Deus está entre nós... ninguém vê o seu rosto, somente Jesus, que por nós intercede junto a ele irá neste instante interceder por LINDA... Ele vai sentar-se  no trono do santo do santo A glória de Deus é a salvação de cada lugar...
Um luz intensa saia por trás de uma nuvem tornando impossível olhar para ela e novamente um clarão menos intenso tomou a Alameda, e crescendo com ela, Jesus adentrava o grande altar onde Linda ainda aguardava os acontecimentos, eu não vi o seu rosto, mas os presentes viam com clareza, outra vez disse o Querubim, você ainda não está preparado para vê-lo, mas vi o seu vulto tomar Dona Linda pela mão e adentro o santíssimo lugar... era o grande momento em que tornamos santos, nos livrando definitivamente do pecado, da dor, do sofrimento... Linda tornou-se mais linda, como uma estrela no céu, um anjo que enfim alcançou a eternidade.
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Homens mulheres, meninos, menina,  esta é a maior alegria do Altíssimo, quando vencemos o mundo e o céu torna-se nossa nova morada. (dizia o Arcanjo). O Querubim abriu então suas asas para partir, mas antes sussurrou ao meu ouvido e acordei assustado, ouvindo o eco do seu recado:
 
- Ame a Deus sobre todos as coisas e o próximo como a si mesmo!
 
Aos familiares de Dona Linda de Petrônio, a homenagem de Toinho de Iozinho, e os sentimentos manifestos de Dona Lulu.
            
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Minha imaginação é minha  modesta homenagem a familia Magalhães Rocha, quando nesta vida se despedem de Raimunda Rocha Magalhães, ou Dona Linda de Seu Petrõnio.      
 Toinho de Iozinho