Ei você menina! Você mesma!

Ei você com esse perfume louco e com cheiro de amor.

Ei você, você mesma, com essa calça preta.

Com esse sorriso maroto, quando te olho...ufa que calor!

Ei você, com essas espinhas no rosto, essa blusa violeta!

Ei você...que sorri timidamente, que seduz sem querer.

Você mesma, que olha de lado, com medo de amar.

Que esconde o que eu já sei: tem medo de sofrer.

Mas que nada, você mesma, tenho muito a te falar.

Você mesma, que parece todos os dias me esperar.

E quando chego do meu atraso, sorri simplesmente, aliviada.

Mas quando finjo não ter te notado, fica desolada, parece me censurar.

Quando algo finjo te pedir, somente para te olhar, te sinto apaixonada.

Ei você, com esse cabelo cheiroso, luzes, boca linda, pedindo um beijo.

Com essa camiseta justinha, me cumprimenta com um aceno.

Para fingir que não pode me querer, embora o desejo.

Ah menina, você mesma, com esse puro amor-veneno.

Quando passas rápido por mim, espalha no ar o perfume.

Você sabe disso, faz de propósito, me deixa parado.

Dou atenção a outras, te provocando o ciúme.

Mas depois volto, volto para você, todo calado.

Ei você que me deixa intrigado, que me derruba do meu pedestal.

Ei você mesma, que me fez sorrir novamente.

Ah você mesma, com esse corpo, sorriso, boca, jeito fatal!

Se juntar o seu inocente querer com o meu desejo, vai ser um acidente.

Lembra outro dia quando nossos olhos se cruzaram?

Não notaste, mas fizeste o meu coração sair do compasso.

Sem querer te peguei me olhando, e em mim seus olhos pararam.

Sorriu simplesmente, acho que queres o próximo passo.

E assim, menina, vai me seduzindo aos poucos.

Conscientemente vou me deixando levar.

Entreabrindo a sua boca com sorrisos loucos

Vou me entregando até onde o amor e o desejo nos salvar.

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 30/06/2012
Reeditado em 25/07/2012
Código do texto: T3753818
Classificação de conteúdo: seguro