Um poema lindo de Jg Moreira
GARDEL
Comprei Gardel,
do pescoço verd'amarelo,
com alguns milhares de cruzeiros.
Gardel era meu.
Verd'amarelo na gaiola,
Gardel cantava em vão.
A garganta de Gardel
era só trinado e solidão.
A minha, rouca,
a do carcereiro torturado.
Gardel no ônibus,
na caixa de sapatos.
Princípios e razão.
Gardel no mato,
Debaixo do meu braço,
meus cuidados de pai e mãe.
Abri a caixa
abri os braços
gardel trinou, hesitou
levantou vôo
ruflou suas asas de anjo
verde e amarelo
sobre as árvores verdes,
Gardel livre.
Quem voava era eu.
JG Moreira
GARDEL
Comprei Gardel,
do pescoço verd'amarelo,
com alguns milhares de cruzeiros.
Gardel era meu.
Verd'amarelo na gaiola,
Gardel cantava em vão.
A garganta de Gardel
era só trinado e solidão.
A minha, rouca,
a do carcereiro torturado.
Gardel no ônibus,
na caixa de sapatos.
Princípios e razão.
Gardel no mato,
Debaixo do meu braço,
meus cuidados de pai e mãe.
Abri a caixa
abri os braços
gardel trinou, hesitou
levantou vôo
ruflou suas asas de anjo
verde e amarelo
sobre as árvores verdes,
Gardel livre.
Quem voava era eu.
JG Moreira