Para Alice Alencar
Saudades de você,
Apartamento,
Vinho,
Poesia...
Hermetismo em palavras
Elucubrações instáveis e inviáveis...
Lá,
Calor
Um tanto de nós
Um pedaço de cá que ficou
Aquele verso,
Golada de vinho,
Recital.
O nada que ali nos trazia
A não ideia do amanhã.
Você ria,
Eu chorava
Nós recitávamos
Cantávamos a um futuro incerto.
Saudade daquilo que ficou:
Sacada,
Apartamento,
Seus versos de olhos verdes,
Sua poesia de menina-moça.
Quantos des-amores ouvimos e cantamos.
A neblina do fumo
E tudo era apenas a fuga da poesia
Das noites, das delícias de um futuro incerto
Que nos resta lembranças como esta
Versos da fagulha do vinho, nicotina e dessabores
De sonhos e da poesia que nos restou,
De nós...