PARA UM AMIGO QUE PARTIU, SAUDADES OPERÁRIAS
Não me importa seu nome,
se José, Maria ou João
Não me importa se tinha religão ou não
O que nos igualava,
não era nome nem crença
O que nos igualava,
er a condição
Estávamos, sem saber e sem contrato,
presos por obrigação
Não me importa seu nome
Porque não não importa,
quando se reconhece,
irmão de luta,
irmão de condição
Que sua partida,
ainda bem antes,
em tão nova idade,
nos deixa um legado:
de lutar sempre em união
de irmãos que lutam
porque essa é nossa obrigação
Descanse em paz, meu irmão.