PRECE À LUA
     

Ó luz que iluminais estas matas num clarão prateado, tingindo peças de verdes folhagens com teus raios fluorescentes. Deixai cair sobre os homens tua límpida pureza, para que a tua luz penetre no fundo dos seus corações deixando-os lavados da poluição mundana. Iluminai, serenai e abrandai os seus instintos. Fazei lívido o olhar de quem te contempla, com os olhos perdidos no imenso vazio salpicado de infinitos pingos dourados, nesta etérea abóbada azul que reveste-nos de sonhos e abstração.

Tudo é poesia quando brilhas tão distante de nós disfarçando a tristeza, quando te trocamos pela luz dourada que o sol oferece. E com um adeus saudoso, aos poucos te perdes no éter divino que já não é mais celeste e puro como o manto da virgem. As pequenas sardas ofuscam-se. O céu agora é povoado por esparsas nuvens. É dia. O mar de prata se foi.
 

METAMORFOSE – DA LARVA...
À BORBOLETA

(Fátima Almeida)

   


Obrigada meu filho, pela interação maravilhosa
com este soneto.

 

APELO À LUA
 
Ó lua serena tanto bem me fazes
Ao penetrares com teus raios brilhantes
No fundo da minh’alma, sempre e antes
Que a noite passe em horas tão fugazes
 
Brindai as matas com teu argênteo clarão
Soberana, reinai sobre as águas do mar
E na terra fecunda irás deixar
Nascer, viver, correr o ribeirão
 
Quanto aos homens, sobre eles derramai
Os fluidos da tua límpida pureza
Em seus duros corações adentrai
 
É poesia quando mostras tua beleza
Se a noite passando então se vai
Pra voltar n’outro dia com certeza.
 
Emmanuel
Fátima Almeida e Emmanuel
Enviado por Fátima Almeida em 08/06/2012
Código do texto: T3712220
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