Mano Gui
Guilherme Aureliano
Meu irmão do coração
De coração enorme
E me espanta como cabe nele
Um coração tão grandão
É pai desde a época
Que era só irmão
Hoje com dois rebentos
É amor sem dimensão
É um pai super presença
Um amigo dos filhos
Sujeito legal e bacana
Mas pra dar bronca não se engana
Cara honesto e batalhador
Sempre lutou
Lutou desde criança
Com garra vem vencendo
A vida deu-lhe uma limitação
Mas ele não deixou-se limitar
Corria, nadava, pedalava
Ainda hoje faz isso
Não se acomodou
É um irmão divertido
Ri da vida com bom humor
Faz farra de si mesmo
Essa sabedoria me ensinou
Nunca reclamou de suas pernas
Com elas fez tudo que outro faria
Até travessuras e estripulias
Soube e sabe rir da vida
Foi quem me ensinou a dirigir
E primeiro me embebedou
É agradável companhia
Nas horas tristes ou nas folias
Aprecia a boa comida
E um gole moderado
Mas não podia ser diferente
É de casa, gente da gente
Minha primeira “Montein Bike”
Foi presente do Guilherme
Se pudesse dava o mundo
Para este irmão caçula
Que tratava como filho
Na juventude era rueiro
De tarde chegar em casa
Eu moleque querendo acompanhar
Recebia um não de amargar
Já foi vendeiro do Quinzinho
Onde deixou saudades na freguesia
Teve uma que ao morrer queria dele uma flor
E não tardou foi se embora encontrar Nosso Senhor
A promessa foi cumprida
Por medo da defunta que puxaria seu pé
Se não recebesse a flor
A ela prometida quando ainda tinha vida
É pintor dos caprichosos
Faz arte com as cores e as texturas
Transforma um simples espaço
Num ambiente mágico
É mestre das cores
Maestro dos rolos e pinceis
Meu nobre irmão
Sua vida toda não cabe aqui
Ainda há muito o que contar
Desta tu luta de sempre
Muita coisa ainda está por vir
E te desejo da vida todas as bonanças
Alegrias, saúde e esperanças
De um futuro sempre melhor
Do teu irmão mais novo
Que te ama e admira
São estas poucas palavras
Uma singela homenagem
Te desejando sempre alegria...