Meu pai
Meu pai chamava-se Joaquim
ele partiu pra longe de mim.
Ainda o guardo em meu coração,
como um exemplo de gratidão.
Ele foi um nobre homem,
que trabalhou com afinco.
Criou todos os seus filhos
num exemplo de união.
Nunca prejudicou um irmão,
sempre estendia a mão
àqueles que o procurassem
não lhes dizia não.
Em suas horas de lazer
vivia cercado pela família
e pelos amigos e filhos,
numa roda de confraternização.
Lembro-me da época de menina
quando não havia televisão,
papai reunia toda a gente
e contava causos de assombração.
Também causava uma bela admiração,
quando nos contava suas aventuras:
ao vir do Rio para São Paulo
para melhorar a sua situação
De profissão em profissão
ele não se cansava não,
aprendia de tudo um pouco
para não nos faltar o pão.
Meu pai foi realmente batuta
com ele não havia disputa
o dominó ganhava dos amigos
no baralho era um perigo.
Agora vou falar de amor:
em São Paulo papai se enamorou
de uma jovem muito formosa
que veio a ser sua esposa.
Estou falando de mamãe
a quem logo ele pediu a mão,
por isso estou aqui relatando
tudo isso que aconteceu.
Em nome dos meus irmãos
deixo gravada a homenagem
de um homem que muito nos deu
e certamente ele bem mereceu.