NOS CAMINHOS DA PRAÇA

O que dizer? O que pensar? O que escrever

Para depois se fazer entender ou mesmo

dizer o que se sente para se fazer pensar?

Não é tão difícil falar, o melhor é sentir. Mesmo

porque quanto mais falamos, às vezes tanto menos

sentimos. E é no ato de sentir que fazemos a

diferença.

Diferença que nos torna não melhores nem piores,

apenas, gente. Gente que ama e busca ser amada

e que segue um rumo denominado felicidade.

E no caminho nós buscamos. Buscamos sorrir,

ainda que nosso riso não seja mais sério; mas é

um riso solto, quase louco, cheio de caminhos e

descaminhos, mistério.

E viandante olhei e você estava lá. Despreocupado

ou preocupado, sem tanto demonstrar!

Caminhamos juntos sobre o mesmo chão e sob o mesmo

teto louvamos, evidenciamos a mesma luta e a

injustiça da qual não quisemos participar.

E outra vez, em meio à praça, estava eu sozinho lá.

Sentado, alguém a encontrar, olhando e esperando

num gesto eterno de contemplar. Olhei e outra vez

você estava lá. De novo a me falar e eu a te escutar.

Noutras estradas pudemos depois nos encontrar!

E nesse reencontro a satisfação e a emoção de

quem sabe partilhar, palmilhar, ainda que seja íngreme

e penoso o caminho.

De relance olhei e mais uma vez reparei que não

estava sozinho. Havia mais gente em nosso caminho!

Gente com a gente sorrindo, alegrando-se, sentindo

como é bom nosso jeito de andar.

Ah! É salutar olhar de novo. E sei que lá e cá você

vai sempre estar! com altivez as mesmas lutas e

outros sonhos iremos concretizar.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 19/05/2012
Código do texto: T3677211
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