Eu não tenho palavras pra esse versinho começar, passei dias na esperança que nesse dia uma poesia iria recitar. Porém como escrever sobre uma pessoa que partiu sem dizer adeus? Mais que uma sogra, tia, amiga ou vó , Maria Gonçalves foi mãe de todos. Ela brigava quando precisava, dava conselhos se podia e ajudava até mesmo quem não devia. Levou bronca dos filhos por ser uma pessoa que só queria ajudar. Sempre foi linda de natureza tinha os olhos verdes como a esmeralda, uma voz cheia de autoridade e as expressões no rosto só a deixavam mais bonita. Ela criou todos os filhos, alguns netos e conheceu bisnetos também. Na casa onde ela viveu sempre tinha espaço pra mais um. Na hora do almoço quem chegava comia um ovinho com arroz e a farofinha que ela sempre fazia. Uma mulher que mesmo sem estudos, era muito inteligente, era difícil engana - lá e mais dolorido pra gente.

Ó veinha, hoje entro naquela cozinha e me recordo das broncas , dos sorrisos , das vezes que te vi chorar e daqueles dias que apenas sentávamos para conversar , ouvindo a sua voz acabávamos sempre mudando de direção. Se essa cozinha pudesse falar até ela diria o quanto a senhora faz falta. Todos nós agradecemos tudo que fez pela gente e também nos arrependemos. Desculpe-nos pelas vezes que respondemos , bagunçamos, reclamamos ou até mesmo evitamos falar com a senhora. Perdoe a nossa burrice. Se tivéssemos percebidos antes o quão importante e valiosa era , teríamos dado mais valor.

Dia 13/05/2012

GEYSE NASCIMENTO MUNIZ SILVA
Enviado por GEYSE NASCIMENTO MUNIZ SILVA em 18/05/2012
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