Mãe
Mãe,
Ainda sinto o cheiro do bolo fresquinho,
ouço seu cantarolar na cozinha;
Ainda lembro, com saudades, suas pequenas alegrias:
os almoços festivos de domingo, comemorações sem motivo,
só para ter a família ao redor...
Pequeninos presentes, tão singelos, até mesmo simbólicos:
um carrinho cuja roda não girava, uma bonequinha de pano,
mesmo sem dinheiro, sempre havia um mimo.
Sua forma especial de expressar amor.
E ao voltar para casa, após findar o domingo,
cada um com seus filhos,
retribuia seus acenos, seus beijos flutuantes
que tentavam alcançar cada netinho.
Deus a chamou, subitamente...
E em meu coração ficou a saudade,
que aperta muito nos momentos de dúvidas,
na necessidade de um colo.
Não um colo qualquer!
Um colo de mãe cheio de ternura,
no calor de um abraço...
Ah, quantas saudades!
Dedicado a Rita Delfina de Moraes (in memorian)
Publicada no site A Era do Espírito