"CANTINHO DO RECANTO I"

Jeane minha doce amiga, brigue não. É só para complicar. Que presepada ah ah ah.

Valdemiro Mendonça

Ieu já venho pracá nessi cantim

Pra ieu incontrá ca cumadi Jeane,

Mais condo nóis dois fica juntim

Pra separá as éguas dos potros!

É qui nem as muiés nu telefone,

Nóis garra é falá mar dus otros.

Pois foi anssim quela mim contô

Mordi quela essis dias ta abalada

Inté seus noronio tão mei dispersu!

Qui ela agora ta muitu paxonada,

Com o tar moreno qui inventa versu.

Ta inté mei tonta e mei imbeiçada

Essa tar hominho chei de veneno,

Dizem qui é dono di uma buniteza

Faiz inté homi grandi ficá pequenu!

Nus disafius ela só vai na isperteza

Ele é cunhicida cumu Chico Morenu.

O maió dus puetas desta redondeza.

Cumadi Jani ta é mermu incantada

Cas belezura da tar di rima caipira,

Qui faiz ela rir uma grannde risada

É condi nóis os rocerus num si vira

Fica mermu é bem dissipssionada,

Deli num vim no cantu rimá a lira.

Si apercurpi nãu ô cumadi Janizinha

Sinãu mecê acaba ó, é ficanu tantâ,

Nóis sabi, nu versu ele é bambinha,

Mais dexa ele, e cuida du seu Tarzã

Vez em quando tira uma casquinha.

Para deixar ele pensar que é um galã.

Vô vê si da preu vim cá mais a miúdu,

Mantê a rima du versu nessi cantinho!

Mordi qui essi Miro trapaiô foi um tudu,

Se metendo entre Jane e seu carinho.

Num cunsiguiu prendê premanecê mudo

Agora tem di vê si disacupa o caminho.

Trovador

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 08/05/2012
Reeditado em 11/05/2012
Código do texto: T3656561
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