Na estrada de Aracruz para Linhares!
Ao humilde cavalheiro do sertão muito belo e amoroso;
Você é o encanto que passava naquela estrada;
Por amor faço de tudo pra encontra-lo nessa caminhada;
Também é ele o amor da minha mocidade;
Ele é um exuberante e humilde cavalheiro;
Caminhando sozinho nesse longo chão brasileiro;
Assim como eu, em direção da felicidade;
Vive cavalgando pelas estradas e montanhas encantadas;
Cantando pra ver se as horas passam mais depressa;
E quando canta é pra encantar a quem lhe interessa amar;
Seu peito tem amor de sobra só pra me amar;
Mais não sabe aonde esse amor poderá encontrar;
Quero me aproximar de você,
Seu semblante é muito sério, então me sinto acanhada;
Apesar de viver encantada quando o vejo em minha frente;
Você é tão especial e misterioso;
Por isso quero lhe preparar algo muito gostoso;
Olha o que eu faço, com o milho eu traço o delicioso fubá suado;
Também uma broa de milho com mel e rapadura;
Aquela pamonha ou um creme do milho verde com pitadas de canela; E um delicioso café adoçado com a puríssima garapa da cana madura, Tudo isso eu faço com as delicias do nosso interior;
Vou lhe preparar e deixar na chegada daquela estrada;
No cantinho desse caminho vou deixar também um bilhetinho;
Com meu nome e um versinho;
Muitos passam por esse caminho;
Ele vai saber que são pelas palavras que no bilhete vou escrever;
Pois será de coração para coração;
Depois posso sonhar noites e noites inteiras com esse belo moço;
Que cavalga cantando alegremente, eu o acompanho lentamente;
Sem que ele me perceba eu o admiro intensamente;
Na doçura da sua cavalgada eu já pressinto;
Sua entrada pra dentro do meu coração;
Tudo isso é por ternura daquela doçura; desse humilde cavalheiro do sertão;