A tua mão,
trabalhador,
somente a paz
o q’ela faz.
A guerra, sim,
é dos soldados
e mercenários.
O amor nasceu
e se expandiu
pelo trabalho.
Latinamente,
ao falecer,
fez “laboremus”
o imperador*.
Com tua mão,
progressos tantos,
evoluções,
tecnologias,
tantas riquezas
da Humanidade,
trabalhador.
No gineceu,
o pólen fez
parir a rosa.
Justo que tenhas
do teu trabalho
e teu suor
certas primícias,
não as migalhas,
sobras burguesas,
trabalhador.
Até teu “Dia”,
a fogo e sangue,
só foi com lutas.
Com lutas, pois,
no ‘front’ das ruas
por teus direitos,
trabalhador.

Fort., 30/04/2012.

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(*) Teria sido o imperador romano
Sétimo Severo que, ao expirar,
pronunciara esta última palavra:
“laboremus”, trabalhemos.